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Contos-->GUERRA NO SOL -- 20/09/2003 - 12:58 (Caixa do Pregão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Introdução


Guerra no Sol passa longe de ser uma narrativa comum, ou melhor, das quais configuram o cotidiano. Mas sim as margens do absurdo. Sua leitura é recomendada a leitores que conseguem romper a realidade através do mundo mágico e fascinante das palavras. A ficção, em alguns momentos se confrontará com o mundo real nem que seja por curtíssimos momentos na imaginação de cada leitor.
A estória se passa numa época conturbada no Sol, onde a água é o elemento mais precioso e a humanidade lutará até o fim pela sua sobrevivência.




Ano Zero



No decorrer de toda a história, soube-se que a vida originou-se no planeta mais distante do Sol, no remoto Plutão, a partir de uma explosão estrelar. Com isso, moléculas de carbono foram depositadas no planeta e as condições existentes foram propícias para que a vida que conhecemos surgisse. Acredita-se que assim ela começou, rústica, primitiva e inacabada. E a medida que aproximava-se do Sol, a vida evoluia. Mas por ironia do destino uma nova contradição se repetia na história da humanidade.
De acordo com o mais antigo livro, acontecera no Sol o que havia acontecido em Mercúrio no final de sua jornada. A sobrevivência tornou-se impossível no pequeno planeta e a vida lá, virou apenas utopia de um lugar inóspito. A humanidade foi a grande responsável e sua grande importâncai nisso foi ter adiantado o processo em milhares de anos.
Quando os primeiros chegaram ao Sol, traziam consigo o mais elevado grau de consciência até então, possuiam a plena compreensão da realidade em todos os sentidos. A princípio, pensavam que o homem definitivamente encontrava seu paraiso pois, o que antes era excasso, debilitado e trágico agora era: abundante, saudável e coeso.
Dos que aqui chegaram, doze, metade mulheres, constituiram famílias e mais tarde clãs. Por fim multiplicaram-se aos milhares povoando o mundo por todos os cantos.









Genealogia


Sandinista casou-se com Ruset, mas não tiveram filhos. Arion teve uma filha com Cliner, Astrid. Nária teve três filhos com Galtez, Iris, Baron e Carin. Elinter casou-se com Huslaw e tiveram uma das mais célebres proles, Mauté. Da descendência dessas três famílias formaram-se os povos centrais e orientais, sendo que este último de origem Mauteniana, praticamente desapareceu após a Terceira Grande Guerra.
Ranila e Couter eram os líderes do grupo dos doze, casaram-se e tiveram dois filhos, Tulane e Houter. Dayse e Luzer foi o casal que mais teve filhos, seis. Mais tarde serão mencionaods devido sua importância. Dessas duas famílias originaram-se os povos ocidentais do norte e do sul. Por vários séculos todos os povos viveram harmonicamente, até que algumas colonias decidiram ampliar suas terras e passaram a conquistar e dominar outros povos, muitas vezes da mesma árvore genealógica. Formaram-se então os primeiros impérios do mundo e dai por diante, a humanidade caminhou para o seu destino trágico.




O início do fim

Após a Terceira Guerra Mundial, o cenário era apocalíptico. Desta vez todos os povos perderam aproximadamente dois terços de toda a população. Para onde se olhava, só existia o caos. Mais da metade de todas as florestas do mundo foram dizimadas pelo fogo e nos oceanos, os vegetas praticamente desapareceram. Com isso, a situação do ar e da água potável ficou ainda mais trágica. A poluição era insuportável. A atmosfera ficou túrgida devido ao crescente aumento da sedimentação química no ar. Os pólos encobertos de gelo transformaram-se em deserto. O planeta virou uma estufa líquida. Paises e nações inteiras desapareceram tomadas pela água dos oceanos. Desde então, passou a existir apenas alguns arquipélagos nos extremos do mundo e apenas nos lugares mais altos do Sol, ainda persistiam em sua extrema continuação aquilo que restou da humanidade.
O Sol agora dividia-se entre: os povos centrais (a linha do equador) numa concentração maior. Os povos a sudoeste do meridiano central, possuidores das maiores reservas naturais e os povos a noroeste, menores quantitativamente porém, donos ainda do maior poder financeiro e possuidores de um grande arsenal de guerra.




Luta pela água


Depois da Terceira Grande Guerra, o ar e principalmente a água potável, transformar-se-iam nos bens mais valiosos do planeta. Na verdade, de algumas décadas pra cá essa substância veio super valorizando-se devido a sua escassez. O mau uso, o desperdício e a pouca oxigenação dela nos rios poluídos, levaram-na a quase extinção. Mas antes dessa última guerra, a vida era outra. Até existiam aqueles que vislumbravam "um futuro harmonioso promissor." Mas como havia dito, a água nos últimos anos veio valorizando-se muito e na maioria dos lugares do mundo, valia mais que ouro ou combustível.
Os povos centrais viviam em constante conflito na busca ao domínio do único rio da região. Passaram-se séculos e a guerra perdurou. Os anos passavam-se em guerras contínuas, quase que infinitas. O povo já exausto de tanta carnificina sentia um sentimento antagônico, vontade de paz e guerra. Pessoas tomadas de cólera explodiam-se inusitadamente em meio a dezenas de inimigos, os rivais pela extração da água. A cada nova explosão o exército inimigo, de etnia diferente, fazia uma nova investida lançando bombas. Veículos enormes e blindados explodiam tudo na direção de qualquer movimento. Qualquer um que se metesse em meio as ruas, o exército arrebatava. Famílias inteiras ficavam encarceradas em suas casas ao toque de recolher. Rajadas de balas incessantes explodiam a todo momento. Pareciam atirar de todos os lados. As vezes alguns gritos disputavam com a sonoridade dos tiros ininterruptos. De tempos em tempos, fazia um curto silêncio enlouquecedor, mas logo em seguida era interrompido por novas explosões. Contudo, em alguns pontos isolados da maior cidade central, Sião, o abandono e o silêncio reinavam.

Continua...
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