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Contos-->Como tudo Começou -- 16/09/2003 - 18:29 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ele conheceu Clara...
Foi amor a primeira vista.
Foi amor.
Ele conseguiu emprego, e se empregou..
Motivado pelas bonanças da vida, logo construiu uma casa sobre o rio e do aluguel se mudou.
Foi vivendo com Maria Clara, que logo um filho dele no mundo colocou.
A vida era tão boa.
A vida era tão vivida.
Contudo o destino o abordou.
O primeiro lampejo de dor corou a sua face. Do seu emprego ele foi mandado embora. E assomado às dívidas, o desconforto da família, que aumentou.
Em noites de luar,
Em noites bem escuras,
Em dias bem quentes, ele conheceu a fome dos seus filhos e a fome de sua senhora, que reclamava, que reclamava, reclamava.
Com tantos brados de dores, assomou a sua fome, um certo dissabor...uma loucura.
Os filhos já não iam pra escola, a mulher a toda hora, a toda hora reclamava e chorava.
Um ano se passará, Maria Clara e sua família conheceram o inferno. Antônio, já não era aquele, na verdade não sabia quem se tornará, pois em seu desespero, procurou a bebida, procurou guarida nas esquinas dos bares.
Não havia mais dinheiro e sua filha com cinco anos, e seu filho com dois anos nas madrugadas longas tinham que suportar ver o pai erguendo a mão pra bater na mãe, erguendo a mão pra bater nos filhos. E todas as coisas que colocou pra dentro de casa foi ao chão.
O governo não sabia, mas a cada dia, uma pessoa anônima ficava desempregada, ficava depressiva, ficava com a vida em nada.
Nessa situação, Maria não mais se completava, maltratava os filhos e quase sem cabeça resolveu partir, fugindo, procurando outro fim, que lá na frente veio, sob o titulo de jardim...
Largou sua casa, largou seus filhos, largou o seu cônjuge, largou aquela vida sofrida, pra viver na avenida que a levou a consumir a si e a ficar sem saída.
Enganou-se num prostíbulo.
Antônio, ainda hoje é um inveterável senhor dos bares, sua filha anda pelas esquinas marcando ponto, passo. E o seu filho, de tanto freqüentar as universidades, de cada via, está na penitenciaria, por roubos, assassinatos e tráficos.
A casa se perdeu nas mãos dos espertos e o país, com tanta gente pensando que é o lixo, e o país com tanta gente pensando, que o problema é a miséria ao invés da riqueza mal distribuída, deixam à deriva a luz do dia.
Contudo, nós, enquanto, houver um novo dia, enquanto houver eu, você e vossa senhoria, já podemos dizer, que há esperança de todo esse rumo revolver.

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