Parece que há uma tendência à doença coletiva que chamarei de "Capitalismo Delirante", por ora, pois sem tempo de pensar com mais profundidade, deixarei à consciência de cada um a percepção do óbvio. Esse termo seria, enfim, a "falência dos Estados". A prevalência definitiva do Capital sobre a humanidade. Essa, ou seja, nós todos, passaríamos a ser apenas coadjuvantes de um mundo programado para a "ausência de pensamento". Seria o fim da cultura humana: amor, literatura, artes, etc...
Teríamos um mercado mundial coletivo, aonde a iniciativa privada seria a única lei.
Valores como humanismo, poesia, solidariedade seriam substituídos por programas compensatórios como o "Bolsa Escola" do atual governo.
As relações humanas seriam previsíveis: "ricos com ricos, pobres com pobres", "bonitos com bonitos, feios com feios".
Os únicos valores da vida seriam "Capital e Trabalho". A arte seria apenas um adorno de fim de semana e acompanhante dos gozos rápidos e superficiais. Seria o fim da profundidade.
Por que é possível pensar num mundo assim, que parece ser a tendência desse neo-liberalismo?
Andando por aí, tenho reparado que pelo fato de a maioria das pessoas serem sem graça, pensam que os outros também são. É um erro.
A atual história do Brasil e do mundo tem segredos em curso que nem o excelentíssimo sabe. Um homem apenas mudou todo o curso de certos acontecimentos em nosso país.
É que "a necessidade de controle" que tem os "homens da lei" de subordinarem o mistério à mediocridade nunca conseguirá entender que o fato deles quererem acabar com o mistério não significa que irão acabar com os homens misteriosos.
Mas são esses que fazem a história real da humanidade, aquela que passa longe dos olhos vistos das academias, porém a única que realmente conta. História essa escrita com as ações sutis dos valentes que entre si formam o mais imbatível e divino elo de verdadeira amizade.
Marcelino Rodriguez é poeta,escritor, editor e autor de Café Brasil e a Ilha, pela Luz do Milênio Editora.