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| Artigos-->Ode ao papel higiênico -- 22/06/2002 - 19:49 (Manezinho de Icó) |
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Ode ao papel higiênico
Papel higiênico amigo
Foi uma árvore frondosa
Dando sombra e abrigo
Sendo motivo de prosa
No teu lenho eu me ligo
Com a celulose famosa.
No teu branco tão suave
Na tua suma importância
Tua falta causa entrave
Aprendi isso na infância
Se faltar rolo na nave
Há grito de intolerância.
É Higiênico antes do uso
Se tornando imprestável
Não se importa com abuso
Pois pode ser reciclável
Não é um produto obtuso
É para todos indispensável.
Quem usa o neve é rico
Classe média o personal
Primavera e o tico-tico
Na cor de rosa informal
Se faltar vai passar mico
Tem que usar um jornal.
Papel higiênico solidário
Vai cumprindo seu papel
Sendo assim tão necessário
No momento mais cruel
Às vezes se torna hilário
A tua falta num quartel.
Sentado no trono do mundo
Ali todo mundo é um rei
Lendo meu livro oriundo
Faço minha própria lei
Mas antes penso profundo
Faltou papel, me estrepei.
O Papel higiênico surgiu
Para nossa comodidade
Famoso como o bombril
Trazendo a felicidade
O mundo inteiro se uniu
E aceitou essa sumidade.
Manezinho de Icó
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