Pode-se afirmar, com toda certeza, que no inferno faz um calor infernal. Como em Araraquara faz um calor de arrebentar mamona, como se diz.
________________
"Aqui no Rio, mesmo com temperatura um pouco menor, somos obrigados a ir à luta, enfrentar o trânsito, os elevadores cheios de gente suada, rostos esbaforidos, mulheres gordas se derretendo. No inferno, ficaremos livres de vicissitudes tais. Nosso compromisso único, durante toda a eternidade, é ficar numa caldeira fervente, e já me disseram que a companhia é mais divertida do que a do paraíso."
[Carlos Heitor Cony, em "O inferno é melhor", Folha, 10/02/2003]
|