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Cartas-->Para Milene - eu e os meus motivos -- 01/03/2003 - 14:48 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amiga,

Sei que ainda é verão por aí. Sei também que hoje começa o Carnaval com a sua folia de sempre. Faz exatamente três semanas que vim daí e deu para sentir que o Brasil é um planeta alegre, apesar de a violência, a miséria, a fome e muitas injustiças serem sempre presentes em cores fortes. Vim para minha lonjura, com você bem disse, que, na realidade, é o epicentro de tudo que está ocorrendo no mundo. Estou no olho do furacão, onde o terror e a ameça se fazem constantes em todos os momentos, conversas e mesmo horas de lazer. Para conservar a lucidez, prefiro me isolar na minha bolha, como o fez Beethoven, e continuar fazendo o que gosto mais: ler e escrever. Não tenho publicado aqui nesta usina de muitas letras para dar espaço às estrelas e aos “estrelos” que preferem falar de coisas mais banais. Vou “achar” um tempinho hoje e colocar algumas coisas, atendendo ao seu pedido. Mando-lhe um beijo com um poema recente.
Muitas saudades.
F.

[Depois da guerra]


Depois da guerra
alguém tem que limpar os escombros,
afastar os corpos mortos,
enterrar as partes dos cadáveres

O soldados não trazem flores
para alegrar os dias de primavera
Os soldados trazem canhões,
mortes, doenças, fomes, destruições...

Alguém tem que empurrar
os entulhos para os lados da estrada
Os soldados precisam passar
com o seu comboio cheio de cadáveres

[inspirado no poema “The ending and the beginning” de Wislawa Szymborska - prêmio Nobel de Literatura 1996]


Leia também:

- Haverá paz?

- Oriente Médio

- Momento de guerra






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