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Cartas-->Apocalipse Segundo Bruno Freitas -- 24/02/2003 - 23:20 (U.S.I.N.A.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

[A profetisa Madalena encontrara, juntamente com os pergaminhos perdidos de ZPA, o que os arqueólogos consideram como sendo alguns dos últimos escritos publicados no site Usina de Letras, o que poderia identificar os Cavaleiros da Mesa Redonda.]



Não sei como tudo começou, mas agora não vejo saída para essa crise que viemos sofrendo. As multiplicações são constantes, e ninguém parece se interessar na leitura, preterida pela produção em massa de um produto final sem o primor de qualidade, e muitas vezes sem a menor correção com a concordância e mesmo o sentido literário das letras. Começo a perceber os efeitos maléficos, da escrita irresponsável e desprovida de conteúdo. As cores demais começaram a ofuscar minha visão, que tornou-se opaca e convexa. A redundância parece ter ficado recorrente na sua utilização no site. A redundância parece ter ficado recorrente na sua utilização no site. A redundância e a repetição parecem ter ficado recorrentes nas suas utilizações no site.

Confesso que já tive o ímpeto de produzir textos em atacado. Mas quando esse sentimento se apoderava de minha alma de tal forma de eu não poder me conter, eu recorria a utilização de longas cartas na forma de manifestos, e também primavam pela qualidade. Se eu diminui a quantidade dos escritos, pode até ser por um bloqueio criativo, ou pela fala de motivação, conseqüente da falta que os leitores faziam.

Começo a perceber o objetivo real da literatura que é obscurecer os pensamentos e inibir a clareza. Pelo menos é o que alguns parecem pensar a respeito, e confesso que eu mesmo possuo o estigma de ter sido caudaloso demais. Tenho tentado em vão corrigir esse erro, mas é mais forte do que eu. Sinto-me impotente em relação a essa questão, assim como essa gestão no Usina de Letras.

Tenho ouvido ruídos estranhos pelos quatro cantos do site. Não consigo identificar de onde vêem. Parece que a visão falha aguçada pelo decorrente aumento da audição tem afetado meu modo de julgar a situação.

O sinal do fim dos tempos está aí... Em nossa volta, ao nosso redor... Pai atirando filhos contra parabrisas em movimento pela cidade moderna. Filhos assassinando pais, enquanto dormiam. Guerras nos países Árabes. Xuxa e os duendes a favos da sexualização das crianças... Quem é que se veste com micro-saias, espartilho e cinta-ligas para apresentar programas infantis? É certo que as crianças se espelhem na patrona sem-vergonha dos programas infantis de auditórios.

O than, é o than, é o than e é o than... Mais sexualização... A egüinha pocotó, mais a dança da Lacraia... Todas essas coisas são o sinal do fim dos tempos.... O apocalipse se aproxima. Apocalipse Now é agora!

Onde foi parar a família, e seus valores... Foi tudo por água baixo, empurrado e influenciado pela mídia... “Euclide... Fala pra mãe: Que a televisão me deixou burro, muito burro, muito burro demais...”.

A mídia acabou com todos os limites e catapultou a censura além das fronteiras da imaginação. O dia 36 chegou! Ave Lúcifer! “A televisão nos deixou gripados pelo resto da vida”. A televisão é um vírus incurável...

O vírus televisivo acabou com o núcleo familiar e esparramou a culpa pelo chão... Jovens sem culpa, pais sem preocupações com seus filhos... Tudo isso tornou-se uma combinação perigosa demais, que como conseqüência: O fim do mundo... O Apocalipse... O caos...

O bom senso foi enterrado em vários lugares diferentes, impossibilitando sua descoberta... O bom senso acabou-se na internet, e o pouco que sobrou, está sendo corroído pelas cores vibrantes e reluzentes dos anúncios em todos cantos... Alguém falou em transformar o envio de Spams em crime? Falta definir o que é um Spam... Pois tenho a certeza absoluta de que Spam não é apenas aquelas correspondências indesejadas na caixa de entrada do seu correio... Deixa pra lá....

Eles estão vindo...

Ouço batidas na porta....

As batidas vão ficando cada vez mais fortes....

Eles estão chegando... Cada vez mais perto...

Não podemos fugir...

Estamos presos aqui... Enterrados vivos, com nosso bom senso...

Eles estão aqui...

Chegaram...

É o nosso fim...



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