O amor que temos, musa dos meus sonhos,
Alterna, em nossa vida, o prazer e a saudade,
Nesse ir e vir constante que o dia a dia
Nos impõe, pois é certo que a melancolia,
Insensível, com freqüência, a alma invade,
A provocar em nossos corações os mais medonhos
Sofrimentos...
E nos é difícil suportar a dor desses momentos,
Em que a distância, dolorosa e inexorável,
Faz com que pensemos um no outro, a tentar,
Com nossas melhores lembranças, aliviar
Esse sofrer que nos atinge, frio, insofismável,
Qual nos abrisse o peito, a golpes lentos,
Lancinantes...
As horas que passamos assim, distantes,
Convertem-se no suplício mais profundo,
Como a minar as forças de cada um de nós,
Numa agonia que nos maltrata, dura, atroz,
A parecer-nos estar prestes a ruir o mundo,
Da qual, livrar-nos, precisamos, o quanto antes,
E ter
Novamente, a paz que sobrevém desse querer
Sem fim, dessa paixão que sempre nos alegra,
Porque, se estamos juntos, ao certo não existe
Força qualquer, nenhum motivo, a ser triste,
Nem pode, no ardor maior da nossa entrega,
Coisa alguma ter a chance de nos trazer
A dor...
Pois sabemos, tu e eu, da força desse amor,
Que nos une, com seu poder inquebrantável,
O amor que, a cada dia, não pára de crescer,
Sendo, a nós, uma tão grande fonte de prazer,
A grande causa dessa felicidade inigualável
Que temos... nosso tesouro, eterno, de valor
Incalculável.
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