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Cronicas-->Diário - Pequenas Coisas da Vida -- 14/02/2003 - 14:10 (Roberto Passos do Amaral Pereira.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Meu querido diário,
Há alguns meses uma mulher passou com um carro em cima do meu pé. Dias atrás cai da rede e quase quebrei a bacia. Nesta semana fui atropelado por um carro que bateu no meu braço quando eu andava de bicicleta. Levei uma pancada no tórax e algumas escoriações. Apesar da intensa dor que ainda sinto, estou vivo! Alguns amigos me aconselharam procurar uma benzedeira. Outros mandaram eu fazer uma promessa para Nossa Senhora da Penha. (Padroeira do meu Estado)

Alguns acham que esses acidentes são frutos dos meus sonhos. Eles falam que eu vivo sonhando acordado, e desse modo, não observo por onde ando. Não sou um homem supersticioso e muito menos religioso. Sonhador eu sempre fui, já que vejo a vida com os olhos de poeta. Mas isto nunca foi motivo de acidente. Talvez eu esteja abusando um pouco do trabalho. Já não sou mais um garoto. Estou trabalhando demasiadamente. Sei que preciso ficar atento aos sinais que a vida me dá. Quando tais fatos acontecem, precisamos parar para reavaliar a nossa vida. Pode ser que, de uma hora para outra, ela resolva não mais sinalizar. Aí, meu querido diário, será tarde demais!

Sendo assim, resolvi me respeitar e tirar uma folga hoje. Não acordei com o despertador, como de costume, mas com o canto do bem-te-vi, sem compromissos e sem pressa alguma. Ele não só me saudou, como ficou um bom tempo na minha varanda. Depois tomei o meu café ao ar livre, vendo a coreografia de um beija-flor que silenciosamente alegrava a minha manhã. Na rua um casal de idosos caminhava para a padaria. Um adolescente com ar preocupado seguia para o colégio. Uma senhora de meia-idade passeava com o seu cachorrinho, que parecia muito feliz em poder compartilhar com a sua dona aquela gostosa manhã de sol. Vi no olhar daquele casal de velhos a paixão renascendo com a manhã enquanto eles caminhavam abraçados.
Depois deitei na rede e ouvi música. Fiquei feliz em encontrar em mim um pouco de paz. Entendi que mais me valeria aquela agradável manhã de folga, do que toda jornada sem o prazer desses pequenos e valiosos detalhes da vida.
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Dezembro/2002
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