Onde estou eu?
Paulo Nunes Batista*
Onde estou Eu quando o Santo
Baixa na minha cabeça?
Quando sobre ondas flutuo
Alígero luminoso?
Quando navego na Espuma
Dentro das nuvens de Incenso?
Quando apenas sou o Etéreo
Vestido de Pétala e Pluma?
Quando, embalado de Son (h) o
Alo-me acima de Mim?
Quando – feito só de Música-
Sou a alma do Silêncio?
Quando – dEUs humanizado-
Sou meu lúcifer-satan?
Quando me entrego à Voragem
E me integro no Universo?
Quando – bolha colorida-
Me dissolvo assim no Cosmos?...
(*) Paraibano radicado em Goiás (Anápolis), morou em cerca de vinte cidades do Brasil, inclusive nas maiores capitais (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, além de Goiânia e João Pessoa), exercendo atividades desde cobrador de ônibus, trabalhador braçal até jornalista e professor, sendo aposentado do Fisco de Goiás, onde ingressou por concurso público.
Militou no PCB de 1946 a 1952, época em que foi preso político em São Paulo, como redator que era do diário HOJE, arbitrariamente fechado por um IPM. Nunca foi torturado, mas assistiu à tortura de preso quando de sua outra prisão, em Recife. Como jornalista vem denunciando e protestando contra sevícias a presos, políticos ou comuns. Vem há muitos anos publicando artigos, crônicas, reportagens e poesias na imprensa de Goiás, do Brasil e de Portugal.
PNB é autor de seis livros e mais de 140 folhetos de cordel, editados a partir de 1949. Em 1961 tornou-se espírita e vem colaborando na imprensa doutrinária desde então. Tem vários outros livros prontos para publicar (O Cordel Iluminado, Cantos de Pedra e de Flor etc) e continua produzindo. É formado em Direito.
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