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Contos-->DESTINO - XV Parte: Reencontrando o passado -- 12/08/2003 - 23:16 (TATIANE VIEIRA FERREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois de perceber a fraude que sua vida era, Letícia procurou Giovani. Imaginou que iria por um ponto final naquela história, que se libertaria daquele amor para sempre. Quando se viram foi como se nada houvesse mudado. O amor, a paixão voltaram do mesmo modo. Letícia sentia-se novamente com dezoito anos. Não conseguia falar, fora até ali para dizer tanta coisa. Para ter a certeza de que aquele sentimento só existia na sua cabeça. Mas não foi o que aconteceu, quando viu Giovani seu coração bateu descompassadamente. Sua mão começou a suar e a voz quase não saía. Giovani também sentia-se anestesiado por aquele sentimento, que mesmo depois de oito anos continuava o mesmo. Lágrimas corriam por suas faces enquanto a olhava. Percebia naquela hora o quanto havia perdido, tudo que havia jogado fora. Ficaram por muito tempo assim apenas olhando um no olho do outro, apenas sentindo a presença do amor. Deixando que ele tomasse conta de cada pedaço de seus corpos. Quando Giovani a abraçou Letícia sentiu-se viva, sentia como se nada houvesse mudado, nem um dia houvesse passado. O beijo que trocaram não tinha gosto de passado, mas sim de presente. Mas ambos haviam mudado, Giovani tinha sua família e Letícia também. Ela sabia que não existia futuro para os dois e se conformava com aquilo. Giovani era o mais inquieto, todos os dias em que se falavam depois daquele encontro, insistia que teriam um futuro juntos, que um dia seriam um do outro. Letícia tentava não levar aquelas palavras a sério, mas no fundo tinha esperanças. Esse foi seu erro. Após três encontros estava novamente perdidamente apaixonada. Do dia para noite, assim como num passe de mágica, o destino resolveu fazer uma nova brincadeira com ambos. Maurício descobriu tudo, falou com Letícia, brigou xingou, tentou colocá-la pra fora de casa. Foi até Giovani e disse para que se afastasse dela. Giovani concordou, pensou na família, em tudo que perderia, na dificuldade que teriam. Mais uma vez resolveu perdê-la, deixá-la partir.
Letícia neste dia percebeu o que deveria ter percebido antes, nada é para sempre. E seu destino não era ao lado de Giovani, sabia que seu amor existia, estava vivo ali em seu peito, mas que não faria parte de sua vida nunca. A consciência disso a fez amá-lo ainda mais, pois seu amor não cobrava nada em troca. Sabia que ele ainda a procuraria uma, duas vezes no máximo, mas depois deixaria de lado essa história. Tentaria esquecê-la, ser feliz. Não valia a pena lutar por aquele amor, eram muitas as dificuldades. Muitas pessoas sairiam magoadas. Ligou pra ela e pediu que aceitasse que as coisas voltassem ao normal. Aquilo doeu nela. Ele achava que ela deveria continuar ao lado de um homem que não amava mais, para que tudo voltasse ao normal e ele não se sentisse mais culpado. Esquecera de tudo que lhe dissera, do amor que jurara. Seria mais fácil deixar tudo como estava. Mas não era mais o que Letícia queria, então ela começou a lutar para se libertar. O medo às vezes a dominava e ela parava para recuperar o fôlego. Mas logo depois vinha uma vontade louca de se ver livre de tudo. Queria ser outra pessoa, viver uma outra vida. Sumir para sempre. Apenas não sabia como fazer, tudo que decidia fazer acabava por não acontecer.
Maurício, tentava de todas as maneiras conquistá-la, mas isso fazia com que ela se sentisse mais culpada ainda. Achava que não merecia aquele amor, nem aquela dedicação. Não conseguia retribuir aquele amor e isso a frustava muito, deixando-a mais perdida ainda.
Depois de algum tempo passou a não sentir-se nem feliz, nem infeliz, já não sentia mais nada, seu único desejo era acabar com aquela dor que lhe sufocava o peito. E foi assim que Letícia resolveu acabar aquela história de amor impossível, infeliz. Sabendo que nunca teria a chance de ser feliz, de viver aquele amor, e não querendo mais viver mentindo para si mesma, nem para outra pessoa. Letícia resolveu deixar a vida. Não sentiu pesar, nem tristeza, apenas tranquilidade, paz.
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