O defeito dos homens
É dor, peito infiel
Sofre e se parte em mil
Misérias, mundo fel
O defeito dos homens
É soltar lagrimas
Em honra dos amores
Perdidos entre os anos
O defeito dos homens
É a saudade ingrata
Que nos traz prazer
E, logo após, nos mata
O defeito dos homens
É ver a esperança
Em meio à injustiça
Que a tudo alcança
O defeito dos homens
É saber que, um dia,
Sua hora há de chegar
Tragando a utopia
O defeito dos homens
É nunca, até o final,
Ter lido Hobbes, na
Versão de Morgenthau
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