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Poesias-->TROVÕES DISTANTES -- 18/02/2004 - 08:03 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TROVÕES DISTANTES

J.B.Xavier



Aquartelo-me nos bastiões indissolutos de uma viagem inaudita,

Enquanto busco compreender o significado

Das luzes alumiando a ribalta,

Ao passo em que atravesso meus campos de sonhos floridos

Em soturna cumplicidade inútil com vagos pensamentos.

Trovões estrondeiam, como granadas de um exército invisível,

Reagrupando meus tremores, por trás dos montes distantes...



Aguardo essa refrega com a alma em flamejantes estertores,

No anseio inverossímil de uma expectativa desavisada.

E nos intervalos dessa espera,

Uma dilação inquietante tange o silêncio,

Como se ninfas infernais espreitassem em emboscada

À saída da angra remansosa

Onde meu coração aguarda alguma monção para seguir viagem...



Encolho-me sobre os vórtices de mil consignações

Enquanto bebo da voragem onde se juntam meus medos e heroísmos...

E sigo ébrio de uma coragem fátua, a observar silenciosos horizontes

Sem ser mais capaz de demarcar meus diversos níveis de profusas realidades...

Amplia-se nas profundezas de meu ser a tensão de um temor indefinível...

Rumores trovejam e se insurgem avante e à retaguarda,

Como se assanha o tigre ao agachar-se para o ataque indefectível.



Pulsam em minhas artérias os vapores de imaginários temores

Que se avolumam sob pressões paralisantes,

Mais perigosas que os incertos perigos que me aguardam.

Multidões, vozerio, hinos, hosanas e estertores

Fundem-se no amálgama quriromântico de presciências omissas,

Elevando às alturas do firmamento quimeras ressuscitadas,

Qual incandescentes alquimias efervescentes no cadinho da existência.



Sou toda essa voragem que inquieta a espada na bainha,

Essa irreverência escarninha a rir das misérias cosmopolitas

Que habitam todos os seres.

Sou a bala na agulha, um átimo entre a intenção e o disparo,

A flecha inquietante que se despede do arco,

Almejando a liberdade, sem saber que é prisioneira de sua rota...

Sou o vulcão impenetrável, em terremotos da alma, antes da explosão final...



* * *







Fale com o autor:

jbxavier@multipremium.com.br



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