| Ela passou o dia todo imaginando como seria a noite dos dois. Pensou em como faria para deixá-lo pensando nela todos os outros dias que ficariam sem se ver. Planejou cada detalhe, a roupa, o perfume, a maquiagem e os "acompanhamentos". Comprou velas perfumadas e chocolates. Na hora marcada, colocou o vestido, o perfume e com cuidado fez a maquiagem . Olhou no espelho e fitou a mulher refletida ali. O que viu foi uma pessoa cheia de espectativas e desejos. Os olhos brilhavam, a boca estava seca. Sentia um frisson crescendo dentro dela. Quando chegou ao lugar marcado, quase não conseguia conter a ansiedade. Planejara provocá-lo, excitá-lo para que ele soubesse o quanto ela o amava. Mas quando se viu frente a frente com ele, seu coração disparou, as pernas tremeram e ficava difícil pensar. Ascenderam as velas, na penumbra da sala ela o encarou. Nos primeiros encontros via um amor cada vez maior ali, sentia que era especial, se sentia a mulher mais feliz do mundo. Mas hoje não era isso que ela percebia. Apesar de sentir que ele ainda a amava, via em seus olhos outro sentimento. Ainda não conseguia entender o que era, mas ele estava ali presente, como uma sombra cobrindo aquele amor. Não tinha mais certeza se ele ainda estava feliz quando estava com ela. Se ainda despertava a sensação especial que ele falava antes. Ele a abraçou, e beijaram-se. Pra ela foi como se o mundo todo tivesse que ser esquecido, só exitiam os dois, não pensava em mais nada. Sentia o desejo dele, quando ele a abraçava e apertava, e parecia que não queria que saisse dali. Ela então encostou-se na mesa, e o encarou. Ele deu uma olhada nela, seus olhos brilhavam de desejo, a queria com toda a força de seu ser. Foi em sua direção e tocou seu rosto, depois foi aproximando os lábios e beijaram-se com paixão. Sua mãos deslizavam por todo o corpo, gemidos e sussurros demonstrava todo o desejo contido. Pararam para respirar, mas suas mãos não conseguiam ficar longe do corpo dela. Sabia que ela estava provocando-o. Cada beijo, cada carícia foi saboreada por ela como um vinho, depois de um tempo já estava completamente embriagada. Quando ele a segurou e não conseguiu mais controlar o desejo, tomou-a nos braços. Apertou, encostou seu corpo contra o dela. A beijou com toda a força, colocou-a de encontro ao balcão, levantou seu vestido e a tocou. Depois a despiu com sofreguidão, o desejo incontido. A emoção completamente solta. Ela se sentia amada, e desejada. Segurava-se a ele, não queria parar e nem queria que ele parasse. Gostaria de ficar ali a noite toda, fazendo amor, mostrando a ele todas as maneiras possíveis de sentir prazer. Conhecendo cada pedacinho daquele corpo que ela tanto amava, mostrando a ele como lhe dar prazer. Mas não foi o que aconteceu, ele sabia que ela queria algo mais romântico. Então pediu desculpas pelo que havia acontecido. Na hora foi como se ele jogasse um balde de gelo em sua cabeça, pareceu que se arrependia de tê-la amado. De tê-la tomado com paixão. Mas ela não se arrependia, apenas queria ter um pouco mais de tempo para curtir o que havia acontecido. Foram embora, ele sem saber o que havia acontecido com ela, e por outro lado ela sem saber se ele iria querer vê-la de novo. Antes tinha certeza que se amavam e nada os separaria, que seriam felizes em seu mundo paralelo, mas agora não tinha mais certeza de nada. Ficaria esperando, para saber se teria a chance de se amarem com calma, se ele a procuraria de novo. E se isso realmente acontecesse, ela faria de tudo para que ele não se arrependesse. |
