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Contos-->DESTINO - XI Parte: Deus não ouviu -- 22/07/2003 - 00:57 (TATIANE VIEIRA FERREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mesmo depois daquela noite, que Letícia rezou, Deus não a ouviu. As brigas não pararam, nem ouve tranquilidade para ela e Giovani. As coisas continuaram como antes, pouco tempo depois de sentir-se muito feliz por ter Giovani de volta, Letícia voltou a chorar. Ele já não era mais o mesmo, parecia não se preocupar se a magoava ou não. As palavras feriam. Depois de uma nova briga, muito grande. Giovani terminou novamente com ela. Letícia já não aguentava mais, e chorou, pediu, implorou para que ele não fizesse aquilo. De nada adiantou, nem um músculo de seu rosto se movia. Ele não a amava mais, ela soube, mas não queria aceitar. Então, deixou todo seu orgulho e amor próprio de lado e implorou. Cometeu um erro, pois o olhar de pena, misturado com desprezo que Giovani lhe lançou, foi como uma espada sendo transpassada em seu peito. Ela o perdera.
Foi quando Letícia resolveu ir embora, morar em outra cidade. Pediu transferência do trabalho. Estava tudo certo. Giovani, por incrível que pareça, estava feliz. E ela triste. Depois de alguns dias recebeu a notícia de que não iria mais embora, o trabalho não havia aceitado.
Na mesma época os pais de Letícia iriam embora, e sua melhor amiga também. Ela decidira ficar, lutaria até quando conseguisse pelo seu amor. Depois de algumas discussões com a mãe, Letícia conseguiu um lugar para ficar. Dividiria um apartamento com duas colegas de trabalho.
Uma semana antes de seus pais irem embora, Letícia passou a sentir fortes tonturas e enjôos. Imaginou que poderia ser porque não comia direito desde que Giovani havia terminado com ela. Mas Marcos, seu colega de trabalho, perguntou se não havia a possibilidade de estar grávida? Na hora Letícia logo descartou a idéia, mas depois quando quase desmaiou no banheiro, imaginou que Marcos poderia estar certo. Não sabia o que fazer nem o que pensar. Resolveu conversar com Giovani, precisava falar com ele. Mas o homem que ela encontrou na casa de Fernando não era mais o mesmo. Quando falou da possibilidade de estar grávida, ele ficou muito irritado. Sua reação só aumentou o abismo que se criou entre eles. Letícia foi embora, Giovani a seguiu e segurou na escada: "Se você estiver mesmo grávida, nós teremos que casar." Letícia ficou chocada: "Você nem mesmo quer mais namorar comigo, como pode achar que eu me casaria com alguém que não me ama mais." Giovani então respondeu que se ela já havia conquistado ele uma vez poderia fazer isso de novo. Aquilo foi demais pra ela, tinha que sair da frente dele, senão o mataria. Foi para casa da amiga e lá chorou até acabarem as lágrimas. Não entendia aquele que amava. Por que ele a tratava como se fosse superior, como se o amor que sentiram não fosse nada.
Letícia passou a mão no ventre e decidiu que se estivesse mesmo esperando um filho dele, não se casaria, não criaria seu filho vendo que sua mãe não era amada.
Giovani não à acompanhou no exame, nem mesmo ligou para saber como havia sido, disse apenas que quando tivesse o resultado ligasse pra ele.
Terça-feira, Letícia foi ao laboratório com um amigo pegar o resultado, estava em pânico. Aquele pedaço de papel poderia mudar para sempre a sua vida.
O amigo abriu, olhou pra ela e sorriu. Não estava grávida. Letícia chorou, chorou por aquele que ela sabia nunca viria. Estava tudo acabado, não tinha nada de Giovani, só ficariam as lembranças, nada mais.
Chegou em casa e ligou pra ele, não quis dar a notícia pelo telefone, marcou um encontro.
Quando Letícia chegou, Giovani já esperava. Ela olhou para aqueles olhos ansiosos. Sabia que ele não queria aquele filho que não existia. Mas que ela amou por três dias. Passou a mão no ventre, Giovani acompanhou o movimento, ela viu o medo nele. Tirou o papel do bolso e entregou à ele. "Não precisa mais se preocupar comigo, pode continuar tua vida, não existe filho! Não existe nada!" Ele segurou o papel, mas não tirou os olhos dela, sabia que a tinha magoado. Tentou tocar seu rosto, mas ela não deixou. Lágrimas corriam por seu rosto... e a morte de um amor pesava em seu coração.
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