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Poesias-->Banzo -- 28/01/2004 - 11:37 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia, na insana juventude, quis abdicar da terra,

Quis sair desse mundo, quis sair da rua. E antes mesmo da idade me subir consegui chegar no porto e partir.

Bandeirante, entrei noutro Estado e vi o meu futuro de um lado.

Cresci e toda aquela pobreza,

Aos poucos, aos poucos foi se tornando realeza.

Quando me assentei na sombra dos arvoredos, em meu quintal me vi tão só, que abri o portão e do outro lado da rua, só havia fronteiras desconhecidas.

Os meus amigos estavam à milhas dali.

A saudade não perdoou, e por isso tantas vezes morri.

Inúmeras vezes tentei voltar, mas o ouro que descobri,

Não pode seguir comigo, e por isso ainda tenho que ficar.

Certas atitudes tem seu preço a pagar. E não há na terra, quem para ganhar, não precise perder algo, em valor idêntico.

A idade já me sobe as costas, e o que consigo e me aproximar do Amazonas. E ver dia após dias a lua, com aquele luar me visitar.

Águas barrentas,

Matas cinzentas,

Noites secas sem nenhum barco a navegar.

Haja saudade da minha Belém do Pará.

Não nego essa terra, mas se pudesse queria voltar.

Não sou de todo errante, sou do meu lugar.

Se há nesse paraíso um chão batido, que até não seja como lá, jamais hei de maldizer a mão que em seu colo agreste, me acolheu como em nenhum outro.

Essa saudade em mim sempre se fará, mas a realidade é quem me faz meditar.

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