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Poesias-->Poema da gratidão- Divaldo Franco/Amélia Rodrigues -- 20/01/2004 - 05:37 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

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POEMA DA GRATIDÃO



Senhor Jesus, muito obrigada!

Pelo ar que nos dá,

pelo pão que nos deste,

pela roupa que nos veste,

pela alegria que possuímos,

por tudo de que nos nutrimos.

Muito obrigada, pela beleza da paisagem,

pelas aves que voam no céu de anil,

pelas Tuas dádivas mil!

Muito obrigada, Senhor!

Pelos olhos que temos...

olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,

que contemplam toda beleza!

Olhos que se iluminam de amor

ante o majestoso festival de cor

da generosa Natureza!

E os que perderam a visao ?

Deixa-me rogar por eles

Ao Teu nobre Coração!

Eu sei que depois desta vida,

além da morte,

voltarão a ver com alegria incontida...

Muito obrigada pelos ouvidos meus,

pelos ouvidos que me foram dados por Deus.

Obrigado, Senhor, porque posso escutar

o Teu nome sublime, e, assim, posso amar.

Obrigada pelos ouvidos que registram:

a sinfonia da vida,

no trabalho, na dor, na lida...

o gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,

as lágrimas doridas do mundo inteiro

e a voz longíngua do cancioneiro...

E os que perderam a faculdade de escutar ?

Deixa-me por eles rogar...

Eu sei que no Teu Reino voltarão a sonhar.

Obrigada, Senhor, pela minha voz.

Mas também pela voz que ama,

pela voz que canta,

pela voz que ajuda,

pela voz que socorre,

pela voz que ensina,

pela voz que ilumina...

E pela voz que fala de amor,

obrigada, Senhor!

Recordo-me, sofrendo, daqueles

que perderam o dom de falar

e o teu nome sequer podem pronunciar!...

Os que vivem atormentados na afasia

e não podem cantar nem à noite, nem ao dia...

Eu suplico por eles,

Sabendo que mais tarde,

no Teu Reino, voltarão a falar.

Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas

alavancas da ação, do progresso, da redenção.

Agradeço pelas mãos que acenam adeuses,

pelas mãos que fazem ternura,

e que socorrem na amargura.;

pelas mãos que acarinham,

pelas mãos que elaboram as leis

e pelas que as feridas cicatrizam

retificando as carnes partidas,

a fim de diminuírem as dores de muitas vidas!

Pelas mãos que trabalham o solo,

que amparam o sofrimento e estancam lágrimas,

pelas mãos que ajudam os que sofrem,

os que padecem...

Pelas mãos que brilham nestes traços,

como estrelas sublimes fulgindo nos meus braços!

...E pelos pés que me levam a marchar,

erecto, firme a caminhar,

pés da renúncia que seguem

humildes e nobres sem reclamar.

E os que estão amputados, os aleijados,

os feridos e os deformados,

os que estão retidos na expiação

por crimes praticados noutra encarnação.

Eu rogo por eles e posso afirmar

que no Teu Reino, após a lida

desta dolorosa vida,

poderão bailar

e em transportes sublimes com os seus braços

também afagar

Sei que lá tudo é possível

quando Tu queres ofertar,

mesmo o que na Terra parece incrível!



Obrigado, Senhor, pelo meu lar,

o recanto de paz ou escola de amor,

a mansão de glória

ou pequeno quartinho,

o palácio ou tapera, o tugúrio ou a casa de miséria!

Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e

pelo lar que é meu...

Mas, se eu sequer

nem um lar tiver

ou teto amigo para me abrigar

nem outra coisa para me confortar,

se eu não possuir nada,

senão as estradas e as estrelas do céu,

como sendo o leito de repouso e o suave lençol,

e ao meu lado ninguém existir: vivendo e

chorando sozinho, ao léu...

Sem um alguém para me consolar

direi, cantarei, ainda:

Obrigada, Senhor,

porque Te amo e sei que me amas,

porque me deste a vida

jovial, alegre, por Teu amor favorecida...

Obrigada, Senhor, porque nasci,

Obrigada, proque creio em Ti.

...E porque me socorres com amor,

Hoje e sempre,

Obrigada, Senhor!



Amélia Rodrigues

(Psicografado por Divaldo Pereira Franco)









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