Usina de Letras
Usina de Letras
169 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62272 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10381)

Erótico (13573)

Frases (50662)

Humor (20039)

Infantil (5452)

Infanto Juvenil (4778)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6204)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->O ANJO LIBERTADOR -- 19/01/2004 - 10:45 (adelay bonolo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ANJO LIBERTADOR



Enquanto isso, num país distante,

Cuja realidade nem de longe vislumbramos,

As tragédias se multiplicam...



Mãe e filha se escondem

No estreito buraco escuro sob a casa,

Cavado há pouco pelo marido ausente.



A filhinha, apertada fortemente ao peito da mãe,

Choraminga entre soluços cortados pelos trovões.

A cada relâmpago a coitadinha se comprime mais...



O peito da mãe arfa, sobre o coração disparado.

As lágrimas silenciosas espargem-se, como chuva,

Sobre os cabelos, cor de tâmara, da inocentinha...



Os relâmpagos, implacáveis, aproximam-se rapidamente,

Rapidamente e ferozes, seguidos de infernais estrondos.

— Mãezinha, se nunca chove, por que relâmpagos?



— É a visita do anjo que nos vem libertar!

Ele vem em forma de luz

E nos livra do jugo satânico...



— Se nos livra é do bem! Por que os estrondos?

— Os estrondos, filhinha, são as gargalhadas do monstro,

Do monstro esmagado pela luz que liberta...



— O papai também será libertado?

— Ele já o foi no último clarão da madrugada

E quem sabe já nos espera no Reino da Liberdade...



Lá fora, outra mãe, a de todas as bombas,

Sobre hospitais, praças, ruas e mercados,

Produz salvação em massa, destruindo a História...



De repente, um clarão mais forte incandesce o buraco:

—Mamãe, grita a filhinha, cadê você?

Cadê você? Cadê você? Cadê vo...



E o buraco negro se faz luz e escombros,

Luzes e escombros da liberdade!

Alá seja louvado!



abril/2003



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui