São sagrados estes versos,
Mesmo que sejam “perversos”,
Pois dão margem aos amigos
Que desejem conversar,
No sentido de auxiliar
A quem lhes der seus abrigos.
Por isso, não desperdice,
Prejulgando ser tolice
A chance desta poesia,
Que pode ser talentosa,
Tendo uns aspectos de prosa
Com alguma melodia.
Na faixa dos treinamentos,
São bem raros os momentos
Em que ficamos parados.;
Qualquer tema, então, nos serve,
Para mostrar nossa verve
De artistas mal apanhados.
Sendo assim, nosso escrevente
Deixa de ficar descrente,
Ao apanhar a poesia,
Sabendo estar inspirado
Por certo alguém que, ao seu lado,
Não quer mais “entrar em fria”.
Se os assuntos forem dos bons,
Se capricharmos nos sons,
Exulta o nosso escrevente,
Sabendo bem que, algum dia,
Publicará tal poesia,
Para o bem de muita gente.
Só tememos uma cousa:
Quando algum urubu pousa,
Tecendo críticas mil:
Poderá nosso escrevente,
Ao desconfiar da gente,
Esquecer que temos brio.
Até agora, porém,
Não deu ouvido a ninguém,
Permanecendo fiel,
Pois, em matéria de crítica,
Vem adotando a política
De a boca adoçar com mel.
Visto que somos bem-vindo,
Principalmente, se lindo
For o texto que fizermos,
Vamos dar continuidade,
Obrando na caridade
Dos avisos que lhes dermos.
Leiam com muita atenção
Os versos do coração
Que dispomos jubilosos.
Hão de ter, depois do exame,
Algo que talvez lhes chame
A razão para os seus gozos.
Não temos a pretensão
De formar sua opinião
Nem de lhes dar o caminho,
Mas achamos, simplesmente,
Que se faz a luz na mente,
Ao se ensinar com carinho.
Neste ponto dos escritos,
Evitando os faniquitos,
Vamos moderar os temas.
Às vezes, somos grosseiro
Porque julgamos primeiro,
Sem definir os problemas.
É o que nos diz o instrutor,
Trazendo, com muito amor,
Nosso tento à realidade.;
Se alguma dúvida temos,
Agarra forte nos remos
E nos leva p ra verdade.
Assim é que gostaríamos
De agir, quando deixaríamos
Alguns versos bem mais vivos.
Se está faltando talento,
É mui forte o sentimento
Que somos bem criativos.
Falamos hoje de nós,
Dando a ouvir nossa voz,
No sentido da vaidade.
Porém, vamos festejar,
Se alcançarmos terminar,
Dando idéia da verdade.
São frutos de traquinagens,
Das quais contamos vantagens,
Os sextetos que escrevemos.;
Ao testar sua paciência,
Bom humor e inteligência,
Cedemos os nossos remos.
Se não nos der importância,
Também não tenha a ganância
De buscar sempre o perfeito:
A vida tem circunstâncias
Que desfazem nossas ânsias,
Pondo-nos dores no peito.
Aí deixamos de lado
Aquele antigo cuidado
De só querer perfeição.;
Registramos os carinhos,
Até os mais simplesinhos:
Vale mais o coração.
Para alcançar a certeza
De que a chama fique acesa,
Faça logo uma oração:
Se chamarmos por Jesus,
Chegará, com sua luz,
Para a nossa salvação.
Para os vícios, use o breque
Da Doutrina de Kardec,
Ás da codificação.
Ali estão as virtudes,
Orientando as atitudes,
Para a nossa redenção.
Não é outro o objetivo
Deste Espiritismo vivo,
Atuante nesta esfera,
Pois já são muitos os médiuns
Que aceitam nossos assédios,
No início da Nova Era.
Se você quer ajudar,
Não basta só desejar:
Ponha logo mãos à obra.
São muitos os que precisam,
Mas bem poucos realizam,
Sabendo que a lei nos cobra.
Cansados todos ficamos,
Ao servir aos nossos amos,
Quando são mui prepotentes.
Por isso, nós liberamos
A quem colheu nestes ramos
Estes frutos com sementes.
Vamos só nos despedir
Do confrade Wladimir,
Augurando muita paz.;
Agradecendo ao Senhor
As suas bênçãos de amor
E todo o bem que nos traz.
|