Usina de Letras
Usina de Letras
91 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62295 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10391)

Erótico (13574)

Frases (50681)

Humor (20041)

Infantil (5461)

Infanto Juvenil (4783)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140824)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6211)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->IV Bloco de Trovas- paulo nunes batista -- 10/01/2004 - 01:05 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


4o. Bloco de Trovas de Paulo Nunes Batista*



De Fé: Seja noite, seja dia,

Acende o farol da fé:

Na tristeza, na alegria,

Mantém-te firme, de pé!



De Orar: Rogas a Deus te permita

Servi-lo e olvidas os teus

Irmãos, filhos da Infinita

Sabedoria de Deus!



De Amar: No caminho, em qualquer ponto,

O cristão precisa estar,

Dia e noite, sempre pronto,

Provando que sabe amar.



De Agir: Se tu nunca praticares

Esse bem, que já conheces,

Não te valerão altares,

Velas, imagens, nem preces.



De Humor: Tua dor, tuia tristeza,

Tuas mágoas, teus espinhos,

Não darão luz nem beleza

Às pedras dos teus caminhos.



De Falar: Falar muito de bondade,

Sem que vás além do som,

Não te traz felicidade,

Pois ser feliz é sem bom.



De Temer: Perfídia, calúnia, intriga,

Cruzam contigo na estrada?

Recebe a dor como amiga

E prossegue na jornada!



De Pensar: Contemplando a sementeira,

Pensa no bem, na fartura,

- no pão, para a terra inteira,

sem espírito de usura!



De Julgar: Não critiques o terreno

Estéril, sáfaro, hostil...

Dá-lhe adubo...E um grão pequeno

Pode transformar-se em mil!



De Servir: Enfermidade, velhice,

Não te privem de servir...

Temer a morte é tolice!

Serve! E deixa a morte vir...



De Ajudar: Para ti queres justiça

E Equidade, a todo custo.

Será que na humana liça

Tu já consegues ser justo?



De Plantar: Semeamos e colhemos,

Dia a dia, vida além.

Da vida só recebemos

O que plantamos, porém...



De Mostrar: Mostras a cada momento,

O rumo do teu fanal,

Nos atos, no pensamento,

Para o bem ou para o mal.



De Possuir: Tempestade os bens te ofende?

Em vez de te lamentares,

Lembra que dela depende

A vida, em outros lugares...



De Perdoar: Traça teu próprio roteiro.

E em toda parte aonde fores,

Não te quedes prisioneiro

De magoas nem dissabores.



De Solidão: Reclamas sinais à altura,

Que provem de Deus o Amor.

Vê: da solidão escura



Sai o milagre da flor!



De Destino: Deus está sempre contigo

E todos os filhos seus...

Mas...só no Bem, meu amigo,

Podemos estar com Deus!...



De Ser Bom: Se és bom, mesmo, de verdade,

Na Terra ou seja onde for,

Muito mais do que piedade

Darás, pois darás Amor!



De Aprender: Ler maravilhosas obras,

Sem se aplicar o que leu,

É provar, com muitas sobras,

Que o que é bom não se aprendeu.



De Melhorar: Se os Mandamentos conheces

E o que eles mandam – não fazes:

Por mais que tu faças preces

Nunca passarás de frases...



De Diálogos: Não fales nas qualidades

Que acaso tu julgues ter:

Torna-as, sim, realidades

No modo de proceder!...



De Silêncio: Se encontras, no teu roteiro,

O irmão discutidor,

Ajuda esse companheiro

Com teu silêncio de amor.



De Ser Forte: Teu desânimo, teu tédio,

Não levantarão ninguém,

Nem servirão de remédio

Para quem forças não tem.



De Paciência: Todo nervoso é doente:

-com sua neurastenia

recebe-o, fraternalmente,

com bondade e simpatia.



De Dar e Receber: Teu espírito suplica

Um pouco de Amor e Paz,

E há muita gente que fica

Isto a pedir-te... e não dás!



(*) Paulo Nunes Batista (João Pessoa-PB, 02/08/1924), poeta e escritor paraibano radicado em Anápolis-GO, é autor, entre outros, dos livros: Canto Presente (1969), Cantigas da Paz (1971), A Caminho do Azul (1979), De Mãos Acesas (1981), ABC de Carlos Drumond de Andrade e Outros Abecês (1986), O Sal do Tempo (1996), O Vôo Inverso (2001) e Alguns Poemas (2003) – poesia-.; Anápolis em Tempo de Música (parceria com Jarbas de Oliveira, 1993) – ensaio.; e Chamego, o urubu (1997) – contos.

Bacharel em Direito, repentista, cronista e jornalista, escreve na imprensa do Brasil e Portugal desde 1940. Em 1944 representou o Brasil nos Encontros de Improviso em Lisboa. Membro da Academia Goiana de Letras (Cadeira no. 8), Membro-Correspondente da Academia Paraibana de Letras, Sócio-Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e de outras entidades culturais. Consta de antologias e é citado por diversos autores.





























Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui