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Artigos-->KENZO TANAKA, Sumi-e, Menina só, poetas e artistas do Brasil -- 05/12/2023 - 08:11 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

KENZO TANAKA,



Sumi-e, Menina só, poetas e artistas do Brasil



 



L. C. Vinholes



15.11.2023



 



Tanaka Kenzo (Osaka, Japão, 1918), artistas plástico, ensaista e professor, aos 20 anos de idade começou a expor no exigente Grupo Arte Livre do qual recebeu seu primeiro prêmio (1946) e do qual se tornou membro permanente (1948).



Membro fundador e presidente do Grupo Maison de Creation, dedicado ao desenho industrial e comercial; do Clube de Arte, do Grupo TAO e da Sociedade Internacional de Artes Plásticas e AudiovisuaisISPAA (1962), nas mostras da qual participaram 39 artistas brasileiros; membro convidado do Grupo MADI, de Buenos Aires (1961). Autor de monumentos representativos em Mino, Kobe e Toyonaka, na Região de Kansai, região econômico-industrial, é autor de vitrais para a igreja batista em Josu (1962) e a Metodista Fukkatsu, em Chiba (1987).



Suas obras foram objeto de ensaios publicados na revista francesa Art d Aujour hui (1954/1958), época do seu primeiro contato com o pintor brasileiro Samson Flexor, quando, por meu intermédio, os dois artistas intercambiaram suas obras. Visitou o Brasil (1968) como curador e expositor da VI Exposição Internacional da ISPAA, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, ocasião na qual, em minha companhia, esteve com a senhora Margot Flexor e conheceu o acervo de obras existente no ateliê do amigo Flexor que, na ocasião, visita Paris.



Suas exposições individuais e as coletivas das quais participou, no Japão e no exterior, bem como os prêmios e medalhas recebidas, exigem demasiado espaço para serem mencionadas. Tomou parte das mostras do Salão Ile de France (1876 a 1984), onde recebeu Medalha de Prata (1980). Um dos seus últimos trabalhos representativos é o fusume, biombo mural, para o pavilhão do jardim japonês de Hasselt, na Bélgica (1992). Registrando suas constantes viagens e suas observações estéticas, seus ensaios são publicados em fascículos usados por estudantes e profissionais de arte em todo o Japão. Em 1988, comemorando 50 anos de atividade artística, foram realizadas em Tokyo e Osaka exposições retrospectivas com um catálogo-antologia com documentação fotográfica de 107 obras, incluindo trabalhos a óleo, acrílico, gravura, sumi-e, escultura e mural.



Tanaka organiza exposições e mantém grupos de estudo de sumi-e, em Toyonaka e na Universidade de Kansai. É professor “Honoris Causa” da Universidade de Artes de Seul, República da Coréia, e da Universidade da Califórnia, Estados Unidos da América do Norte. Em 3 de novembro de 1993, com quatro artistas japoneses pertencentes à ISPAA, esteve em Brasília para a inauguração da mostra Sumi-e: Exposição de artistas japoneses, com homenagem a Samson Flexor, patrocinada pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal de Brasília, DF, da qual figuraram trabalhos de treze artistas japoneses os quais, ao final da mostra, foram doados ao Museu de Arte de Brasília e à Fundação Athos Bulcão. No dia 8 de novembro de 1994, na galeria Espaço Djanira, da Fundação Escola de Serviço Público do Rio de Janeiro, foi acolhida a exposição Sumi-e, mestres japoneses, com obras de sua autoria e de mais três renomados artistas.



 



Das exposições da ISPAA e do Grupo TAO, realizadas no Japão, Coréia, Tailândia, Hong Kong, China, Singapura, participaram os artistas brasileiros Fernando Lemos, Hércules Barsotti, Maria Bonomi, Willys de Castro, Franz Weissmann, Vasco Prado, Zorávia Bettiol, Vera Barcellos, Raul Porto, Arthur Luiz Piza, Edith Behring, Wesley Duke Lee, Lily Wha, Danúbio Gonçalves, Dietlinde Koeberle, Regina Silveira, Flávio Pons, Maria de Lourdes Sanchez, Anestor Tavares, Luiz Brasil, Paulo Portella, Odetto Gersoni, Alberigo Lutron, os poetas concretistas Haroldo e Augusto de Campos, Décio Pignatari, Pedro Xisto, Ronaldo Azeredo, José Lino Grünewald, L. C. Vinholes, Affonso Romano de Sant Ana, Edgard Braga, Eusélio Oliveira, João Adolfo Moura, Luiz Angelo Pinto, Pedro Henrique Leão, Mario da Silva Brito, Alcides Pinto, Dora Ferreira da Silva e Roberto Thomas Arruda.



No primeiro trimestre de 1994, com a colaboração do paisagista Tadao Tsujiguchi, Tanaka elaborou o desenho da Praça Jardim de Suzu inaugurada em novembro de 1994, na cidade de Pelotas, RS, primeira cidade brasileira a ser irmã de uma cidade japonesa, Suzu, na Prefeitura de Ishikawa; e de 12 a 20 de dezembro do mesmo ano, Tanaka e seus parceiros Hideko Fujimori, Harumichi Sakata e Toha Hideshima, realizaram a mostra de sumi-e na Sala Frederico Trebbi da Prefeitura de Pelotas.



No folheto com informações sobre a exposição constam dois parágrafos:



“Interiorização, movimentos firmes e manejo do pincel, uma vez combinados, espontânea e apropriadamente, resultam em linhas, traçados e volumes harmoniosos e elegantes, com matizes de expressão diversos”.



e



Baseados, inspirados em nomes de mulheres japonesas, (os mini poemas são) escritos com ideogramas variados e ricos em forma e conteúdo, compondo um universo singular. Além disso os predicados e valores pessoais das portadoras dos nomes adrede selecionados constituem ingrediente adicional somado àqueles do significado.



 



O primeiro explicando os dois ideogramas do substantivo sumi-e:  sumi = tinta preta ou tinta da China e  e = quadro = pintura. O segundo apresentando, a publicação menina só, um polievroma - poema livro -, de minha autoria, lançado na inauguração da exposição incluído cinco obras de Tanaka que utilizam a sílaba ko em katakana, uma das duas grafias fonéticas do silabário japonês – sendo a outra o hiragaka, ambas com 47 sinais. A sílaba ko escrita com ideograma, significa “cria”, “criança” e “filha” é usada no final da quase totalidade dos nomes femininos japoneses. Usei o fonema ko como um dos elementos essenciais na criação dos meus mini poemas.



 



 



 



 



 



 



 



 


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