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Poesias-->Canção para um Amor Enterrado Vivo -- 06/01/2004 - 20:02 (Magno Antonio Correia de Mello) |
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Tu te mexes na cova buscando um ar
que não existe mais nem te pertence.
Tuas mãos espalmam o concreto invencível.
Não há para onde sair
nem te resta o que respirar.
Se não podes sequer
suplantar os próximos segundos
que tolice teus sonhos
conjeturando novos mundos.
Não podes te mover para a esquerda
ou para o outro lado
e os teus ombros
que suportaram tudo
não agüentam o verme impaciente
adiantado ao tempo
carcomendo as faces
estranhamente rosadas
e sorrindo.
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