Trocando idéias com o artigo "E"ou "É", do João de Freitas Pereira:
As vogais classificam-se quanto à zona de articulação, timbre, papel da boca e do nariz e intensidade. Quanto à zona de articulação, o E é uma vogal palatal: conforme for diminuída a cavidade bucal, sem contrair nenhuma das partes móveis da boca, passa-se da vogal A para o E aberto (quanto ao timbre, É) e para o E fechado (Ê). Caso, por engano, o falante contraia os lábios, pronunciará uma vogal labial, passando do A para o O aberto (Ó) e, em seguida, para o O fechado (Ô). Quanto ao timbre, além do E aberto e fechado já citados, pode ocorrer também o E reduzido (quando é leve, abafado e imprecisamente articulado em sílabas não acentuadas), confundindo-se com o I (saudades – saudadis). O E poderá ser, ainda, nasal. Para isso, o falante deverá, ao pronunciá-lo, desviar para as fossas nasais parte do ar expelido pelos pulmões. Obtém-se esse efeito mediante o abaixamento do véu do paladar. O som será EN.
Em suma: O E pode ser aberto (chulÉ), fechado (sÊco), reduzido (felicidadIs) e nasal (ENtre), como explica a Gramática Metódica da Língua Portuguesa, do professor Napoleão Mendes de Almeida.
Qualquer criança faz isso. Mas, ao que tudo indica, não reflete a respeito. Como andaria a centopéia se tivesse que meditar sobre a ordem e seqüência dos pés ao dar cada passo? A gente complica tudo...
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