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Contos-->Mona Lisa decantada -- 26/06/2003 - 21:20 (Sidnei Olivio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Mona Lisa decantada

Ainda não eram seis da tarde quando vi o Sol fugindo de mansinho, buscando
aconchego no vértice do horizonte que, da janela, entre os edifícios ao centro,
pude vislumbrar. Talvez seja essa a única hora que tenha escapado às
convenções; ainda não é noite e já não é mais dia.
O crepúsculo traz a felicidade das coisas cumpridas, mesmo que algo tenha se
perdido no ritmo veloz do trânsito da vida ou se queimado na verticalidade
imponderável do Sol a pino.
Vitimado pela fuga do astro maior, resolvi recostar um pouco no sofá e
divaguei...
Não tardou a escurecer e a luz do poste defronte a minha janela, iluminou
inusitada e magicamente a parede oposta da sala, alterando a fronte da Gioconda
dependurada num poster que, pela primeira vez, deixou de ser um objeto de
insensibilidade e mau gosto.
Filtrada a luz pelo vidro canelado, forjou-a um sorriso tão mais doce e sensual
que, se pudesse ver, da Vinci alteraria sua obra-prima sem qualquer pudor ou
hesitação. Mas a magia se completou um pouco mais tarde, quando percebi que
toda a feição da musa havia se alterado: os cabelos, os olhos... Não havia
entendido porque aquela imagem brilhante havia me prendido tanto a atenção e me
remetia à situações nunca vividas além do desejo. E, porque assim, tão de
repente, havia me apaixonado como se estivesse em um transe ou fosse vítima de um
feitiço da Lua, que ainda não havia refletido o sono do Sol. Não havia nada
percebido, até que percebi que era a sua imagem cristalizada que ali estava e, de
olhos tão resplandescentes, que parecia se mover pelo ambiente, rodando em
círculos, amparada pelas minhas mãos...
sidnei olivio
junho/2003
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