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Erotico-->28. OS FATOS -- 26/04/2003 - 07:15 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Margarida fora transportada para casa por Elvira, antes de assumir as funções de governanta. Queria que uma das pessoas sob as suas ordens fosse a própria filha, garota de dezessete anos, desocupada, com idéias de se tornar animadora de torcida, para o que treinava num clube, enquanto freqüentava a primeira série do segundo grau.

Mas a rapariga refugou a proposta da mãe, não querendo tornar-se simples empregada doméstica.

— Você vem comigo e vê se as coisas são tão ruins que você possa desprezar. Eu estou querendo levar sua prima e vocês vão poder ficar juntas o tempo todo. Eu devo dizer que só habita aquela imensa casa um jovem de dezoito ou dezenove anos, que vai estudar de manhã. De tarde, Dona Elvira disse que ele tem aulas de reforço com outros jovens que estão na mesma série que você. Pode ser que vocês duas possam participar das aulas. É tudo uma questão de ver se dá certo.

Valéria observou que a mãe estava por demais entusiasmada e que havia realmente vantagens naquele emprego, desde que tudo se passasse segundo as informações.

— Muito bem. Mas se eu não gostar, não fico.

— Vá chamar sua prima. Lá pelas dez, eu preciso estar começando a me preocupar com o almoço. Glorinha vai cuidar da cozinha e você fica para a faxina geral. Eu vou ajudar quem estiver precisando.



Naquele meio tempo é que se dera o rebuliço.

Com a sirene aberta, a polícia chegou a chamado dos vizinhos, pela gritaria no quintal. Os homens da viatura logo perceberam que não poderiam entrar, estando dois cães soltos. Em seguida, um carro de resgate, espécie de ambulância, estacionou na frente da casa.

Tadeu assomou à porta, ensangüentado, pedindo socorro, que a tia estava muito ferida.

— Quem prende os cachorros?

— Eu já matei o que atacou a velha. Mas não vou enfrentar os outros. Eles parecem loucos.

Em rápida confabulação, os policiais resolveram sacrificar os cães, tendo em vista a urgência do socorro e o desespero do rapaz.

Dois tiros certeiros bastaram para aniquilar os animais, sob os aplausos dos circunstantes que temiam as feras.

Imediatamente, os enfermeiros entraram para conhecer a extensão do problema.

Tadeu contou que a tia saíra do prédio principal no momento em que ele estava preparando-se para passear com César. Brútus aproveitou-se de um momento de distração do tratador e correu sobre a mulher, atacando-a violentamente. Tadeu vinha atrás gritando com o cão, mal dando tempo de sacar o revólver e dar três tiros no animal.

Logo os policiais pediram a arma, enquanto Tadeu lhes explicava que era segurança da residência, que morava nos fundos, que tinha porte de arma e curso com diploma e tudo. Insistiu em acompanhar a tia ao hospital. Ficassem à vontade que logo iria chegar o patrão, que estava estudando. Ele já havia ligado para a escola.

Enquanto esperavam o morador, os policiais cuidaram de afastar os curiosos que ameaçavam invadir o jardim onde jaziam os corpos dos cães.

Não demorou para chegar uma equipe de reportagem, chamada, aliás, por um dos guardas pelo rádio da viatura.

Um dos elementos da polícia, o que recolheu a arma, foi vasculhar o quarto dos fundos onde Tadeu dissera que residia. Logo encontrou, embrulhados num lenço, cinco cartuchos detonados. Chamou um dos companheiros, mostrou-lhe o resultado de sua pesquisa e ambos concluíram que deveria ser avisado o delegado do distrito mais próximo.

Identificada a residência, Macedo foi designado para proceder a investigação.



Quando o detetive chegou, já lá se encontrava José, dando explicações aos guardas, falando a respeito do recente assassinato de três pessoas ali residentes, apontando os graus de parentesco com os moradores atuais. Ao saber que José era advogado, logo lhe deram a informação de que haviam recolhido, no quarto dos fundos, as cinco cápsulas que iriam fazer passar por perícia técnica.

Ao ver que Macedo é quem fora designado para os trabalhos de investigação, José ficou mais tranqüilo, uma vez que o detetive estava a par das desgraças da família.

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