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Poesias-->Dália -- 22/12/2003 - 10:53 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu vejo o meu povo escandalizar-se pelas esquinada da cidade.

Pessoas flageladas,

Pessoas maltrapilhas, sujas, sem roupas, sem nada.

Pessoas desempregadas andando na corda bamba, andando em círculos, procurando a sorte, cansados de procurar indo para o norte.

Pessoas desencorajadas, pessoas perdidas nas praças.

Pessoas simples, aceitando a vida, aceitando. Já sem auto-estima, sem teto, sem vigor, sem mágoa.

Vazias, totalmente vazias em suas celas solitárias, de carne, ossos e dores.

Eu vejo o seu povo...

Respirando com fome, esmolando a morte, sem respeito pela vida.

Sem luz, sem rosto...nas calçadas, olhando através da vitrine.

Nas altas horas da madrugada, a chuva castigando o solo, molhando, fazendo nascer, molhando as flores e seus espinhos, nunca cansados de falar do amor, de nos oferecer. E um silêncio soturno vem me dizer que os pais perderam os filhos, que a noite perdeu a lua, que meninos e meninas perderam os olhos, que o homem moderno perdeu o coração e o nosso país segue ainda sem rumo.

Tomara que os próximos dias, diante da insanidade de tantos atos, de tantas vidas, a alma, por si só devolva a luz ao corpo e a sanidade a uns poucos.

Tomara essa minha esperança possa, além de mim, fazer sonhar, outros sonhadores.

Quem sabe, após a chuva a lama e a água não limpam os olhos desse sofrido povo!

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