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Cronicas-->No Shopping -- 19/01/2003 - 13:20 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NO SHOPPING

Não gosto de Shoppings. Dão-me melancolia. Eu já suspeitava, mas constatei de vez essa semana, apos sair da livraria do shopping tijucano. A profundeza das minha s leituras requeriam que eu as digerisse - mas era impossível quando vi-me cercado de lojas, vitrines, churrascarias e pessoas num movimento predador dentro daquele ambiente fechado e superficial.
Estava lendo o Rabino Nilton Bonder, entre outros. "Agora e Sempre", ensaio que trata se Deus está no tempo, no nosso tempo como o concebemos, ou fora dele. Entre outras profundezas.
Mas senti-me pequeno entre as vitrines do shopping que, ao contrario de seduzirem-me, causavam-me desconforto. Eu queria sair logo dali, encontrar a liberdade da natureza, espaço para o pensamento. Cheguei a pensar que os shoppings seriam o fim do mundo, o tumulo dos sonhos, a face da besta.
O mundo mudou, de fato. Constato a cada dia. Cinemas e livrarias fechados nas arenas modernas de consumo. Sonhos morrem antes de nascer, obsoletos diante da modernidade.
Outros talvez estivessem ali, felizes.
Mas eu não encontro meu rosto nos espelhos das vitrines, nem minha verdade nos códigos de barras.
Por um instante eterno um cavaleiro medieval acorda em mim com a graça de um trovador. Imagino que num tempo aberto ao ar, encontrarei com Deus, livre dentro do meu orgulho e da minha singularidade humana; outros que amem os shoppings; eu vou preferir sempre as praças abertas, onde velhos vendem pipocas sem nenhum crachá e onde não temos senão o céu por testemunha de nossos pensamentos e esperanças.
Definitivamente, no shopping.

19/01/2003

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