CHUVA
Chuva, hoje tu cais fina,
Turvas meus olhos com muitas lágrimas
Ao juntarem-se as tuas gotas
Escorrem tristes pelas fundas valas.
És tão única. Ao cair tanto nos fala,
Trazes o canto da saudade,
Principias a amargura,
Buscas o amor que está distante.
Sobre estes ombros de escrava,
Peço-te! Chuva amiga, não me traia.
Lave toda minha alma, que ora está cansada,
Livre-me desta dor, que me é tão pesada.
Na estrada quero caminhar molhada
Pelas tuas gotas purificadas
Ao te sentir molhar o meu corpo
Sentirei a alma mais elevada.
Cleide Yamamoto.
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