173 usuários online |
| |
|
Poesias-->COMENTÁRIO SOBRE AS MÁSCARAS -- 01/12/2003 - 21:34 (Phylos) |
|
|
| |
Minha primeira máscara caiu e quebrou-se.
Era de plástico, construída sobre a esperança
E tinha os desenhos azuis da inocência.
A segunda, também não durou muito:
Brincou com mulheres, gritou ao som de músicas
Altas horas da noite perambulava pelas ruas
Em busca de algo etéreo e valioso
Que nunca encontrou.
A terceira, era de bronze, cor do âmbar
Flamejante como a espada de Gabriel.
Grudou-se em minha face com tanta energia
Que parecia ter nascido comigo.
Mas um dia, também quebrou-se
Virou pedaços de lágrimas, escuridão e medo.
A máscara que tenho hoje mesclou-se a mim.
Não há limite que diga onde termino e onde ela começa.
Vive aos risos, ironicamente mostrando os dentes
E os olhos pusilânimes de um esteta.
Apossou-se de minha face.
Apossou-se de minhas falas.
Na verdade, ela hoje delimita minhas fronteiras
E assim vivo,
Mesclado ao que sou e ao que não sou
Equilibrista de um circo de horrores.
|
|