Mal-hajam
estes olhos grandes
à superfície do rosto
e esta alma enorme
à superfície dos olhos
e este desmedido mar
que me descobre
e este coração que se derrete.
E mal-haja
a triste sorte
de viver a ver demais,
de sofrer mais do que posso,
de chorar mais do que devo,
de sentir mais que o permitido.
Mal-haja
nem sei! Se o quê, ou quem
se Deus, se o pó, se o átmo
que me faz ser como sou
ir além de mim como vou
insatisfeita de mim...
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