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Erotico-->21. A BOCA DE FUMO -- 19/04/2003 - 07:27 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Carecia que a polícia desfizesse o fiasco da batida que levara a cabo contra o antro em que se traficavam as drogas.

Os bandidos puseram na conta da sagacidade de seu chefe o fato de se terem livrado do flagrante. Entretanto, não lhes bastava o ridículo da corporação que perdera tempo e oportunidade.; precisavam conhecer quem os denunciara, porque era claro que alguém o fizera, caso contrário a ação policial não teria sido tão bem planejada e tão completa.

Naqueles dias em que Juvenal delegara ao segundo no comando a responsabilidade de cuidar de tudo, resolveram que deveriam descobrir os autores. Por conta da investigação que iriam realizar, ligaram para a delegacia, dizendo que os viciados ainda estavam reunindo-se naquele local.

Estrategicamente situados, foram anotando todos os que compareciam, crentes de que a esses não poderiam acusar. Por outro lado, puderam também conhecer como é que os investigadores se postavam para a averiguação da denúncia.

Nem toda a clientela se apresentou, que a notícia saíra estampada nos jornais, mas alguns incautos acabaram sendo registrados pela câmara fotográfica dos detetives.

Sem o chefe, não ficaram seguros de que tinham tomado a melhor decisão. De qualquer forma, era preciso retornar às atividades e isso os levou a considerar a possibilidade de convocar Juvenal para uma reunião, apesar de correrem o risco de desagradar o terrível protetor.

O lugar-tenente no exercício da chefia, único que recebera instruções de como localizar Juvenal numa emergência, pôs em execução o plano e ambos se encontraram na escola em que o rapaz se matriculara.

É preciso que façamos referência a um fato importante: Juvenal se transferiu para o período da manhã, alegando que à noite poderia muito mais facilmente sofrer um assalto como aquele que vitimara o pai e a irmã. Na verdade, percebera que, pelo fato de não se ocupar senão da administração financeira doméstica, deixando o grosso dos negócios sob a responsabilidade do tio, seu tutor, enquanto não se resolvessem os problemas da herança, não se justificava que cursasse um período de aulas cujo nível sabidamente era bem mais fraco.

Na manhã do dia seguinte em que Macedo estivera no terreiro, encontraram-se os delinqüentes em meio aos numerosos alunos que saíam no horário do recreio. Procuraram um lugar em que poderiam conferenciar à vontade e discutiram os temas da pauta do preocupado capataz.

Depois de Armando narrar pormenorizadamente o que haviam feito, Juvenal recomendou-lhe prudência e cuidado:

— Vocês devem parar com a “campana”. Não importa quem tenha “dedo-durado” a gente. O ponto está perdido e não pode ser aproveitado por ninguém. Quem está vendendo ainda?

Armando relacionou cinco dos oito “aviões”.

— Pois bem, que eles prestem conta da “gaveta” ou que paguem antecipadamente. Como está o “montante”?

— Está no fim. Vamos ter de conseguir mais.

— Você viaja e leva o dinheiro. Pague metade da encomenda. Mas não acompanhe a mercadoria. Leve o “Panaca”. Ele vem junto do “comestível”. Quando entregarem na rodoviária, você dá o dinheiro que falta. Não é difícil mas é preciso ficar atento, porque os “meganhas” estão querendo ganhar fácil o que pra nós é arriscado. Depois você distribui, sempre mandando um “avião” sem carga pra experimentar o “aeroporto”. Só trabalhe na segurança. Deixe o “Lindinho” tomando conta. Você não dê “bandeira”. Se os “caras” pegarem a gente agora, eles vão fazer a casa cair. Eu estou sabendo que você ia fazer tudo certo, mas repeti pra ter a certeza que me entendeu. Agora vá embora sem chamar atenção. Aqui está cheio de clientes. É bom que eles não vejam a gente junto. Quem sabe algum conheça você ou eu e ligue as coisas...

Enquanto Armando desaparecia no meio da multidão, Juvenal se dirigiu à cantina da escola, tentando reconhecer algum policial infiltrado no tumulto dos grupos bulhentos.

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