Tranqüilidade é preciso,
P’ra quem se sente afobado.;
Em tudo, o melhor juízo
É o coração serenado.
Dissemos, bem a propósito,
Da situação deste dia.;
Vamos deixar em depósito,
P’ra crédito da poesia.
Certamente, o meu dever
É trazer consolação,
E também amortecer
“Agitos” do coração.
Falaremos de poesia,
Como arte de dizer,
Com suave melodia,
Todo o nosso bem-querer.
Por isso, vamos fazendo
Umas quadras bem chinfrins,
Pois não estamos querendo
Representar querubins.
Às vezes, é oportuno
Deixar rastro de alegria,
Fazer, deste Fiat Uno,
Bem veloz maquinaria.
Resolvemos suspender
Nossa tarefa do dia,
Assim que notemos ter
Um bocado de poesia.
A pedido do escrevente,
Faremos outras quadrinhas,
Para deixar evidente
Que somos “fadas-madrinhas”.
Deixe o pulso à vontade
E a mente aberta p’ra nós.;
Verá, com felicidade,
O versinho não dar nós.
Se você tiver ouvidos,
Preste bastante atenção:
Nossas frases têm sentidos,
Ouvidas no coração.
Prometemos muitas cousas,
Não cumprimos nem metade.;
Nos espaços destas lousas,
Escreveremos “saudade”.
O bulício, nesta vida,
É coisa de dar pavor,
Porém, com bossa atrevida,
Fabricaremos amor.
Do jeito que as coisas vão,
Algum dia chegaremos
A escrever com emoção
Alguns fatos que vivemos.
Teremos também coragem
De mencionar a Jesus,
Sem querer contar vantagem
Por suas bênçãos de luz.
Vamos, enfim, declarar
Nosso amor por Deus do Céu,
Só para homenagear
Quem nossa vida nos deu.
E os bons anjos protetores
Também terão sua vez,
Guias, amigos, mentores,
Augustos em honradez.
Sabemos ser bem difícil
Compor com arte esta rima:
Arremessamos um míssil
Contra quem mais nos estima.
Até que foi bem mais rápido
P’ra completar a quadrinha.;
Está o escrevente pálido,
Ao recompor esta linha.
Vamos fazer um bom trato
Em que ninguém sai perdendo:
Vou lhe dar o termo exato
E você vai escrevendo.
Gostou da última quadra?
Dê um sorriso p’ra mim.;
Veja que tudo se enquadra,
Até a rima do fim.
Não queremos terminar,
Antes de chegada a hora.;
É mui gostoso rimar,
Quando o verso não demora
Iremos nos desculpar,
Se nem tudo sai perfeito:
A perfeição do rimar
É ter muito amor no peito.
Quero deixar registrado,
Bem no final deste dia,
Que já estou mui preparado
P’ra melhorar a poesia.
Então, não vou desdizer,
Fazendo quadra bem feia.;
Despertei seu bem-querer:
Escrevo para quem leia.
Adeusinho, bom amigo,
Fique com a folha cheia,
Pois pode contar comigo,
P’ra lhe estimular a veia.
Já sinto alguma saudade
Destas tardes altaneiras,
De tanta felicidade
E de diversas asneiras.
Tudo faz parte da vida
E, se tivermos juízo,
Mesmo com luta renhida,
É ficar no paraíso.
Agradecemos ao Pai
A vida como ela é,
Já que nem tudo nos sai
Como fluxos de maré.
Temos também de dizer
Ao nosso amigo escrevente
Que é com imenso prazer
Que este grupo está presente.
Encerremos este dia
A demonstrar alegria
Com os versos que passamos,
E, deixando nosso adeus,
Vamos pedir ao bom Deus
Nos inspire o que sonhamos.
Assim, tudo, finalmente,
Se põe diante da gente
Co’ extrema facilidade.;
Corremos riscos, às vezes
(Os versos nos saem soezes)
Mas quanta felicidade!
|