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Poesias-->Areia -- 31/10/2003 - 03:38 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) |
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As marcas que dividem o deserto
Não são maiores do que meu peito
As ondas que se formam no mar
Poderiam fluir nas minhas veias
Não será por que, junto ao mundo,
Um coração resvala nos obstáculos?
Sensível aos rochedos e aos campos
Cai com a chuva e se deita na relva
Raios surgem, fogem, indiferentes
O vento súbito não pede passagem
Assim é a emoção que sinto
Num piscar de olhos a névoa se esvai
O calor dos verões vindouros
O ardor que rasga o peito
A areia que os ares carregam
Nada além de passos da alma
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