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Contos-->SEU SORRISO ENTRE AS SOMBRAS -- 13/05/2003 - 17:36 (Ezilda Euripedes Molina Caetano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu o amava demais e demonstrava isso em todos os meus gestos.
Apesar de minha pouca idade, quase uma criança, eu não deixava de ter os meus encantos de mulher. E era isssa a minha arma para conquistá-lo. Mas ele não se comportava como os demais rapazes. Não se atrevia a nada. Nem um toque de carinho no meu rosto. E isso me irritava e me provocava ainda mais.
Ele me falava com tanta ternura. Me olhava com carinho... Então, por que não chegava mais perto de mim? Eu não desistia nunca. Ainda que levasse a minha vida inteira tentando descobrir uma arma nova para conquistá-lo. Mas já sabia que ele era esperto demais para cair nas armadilhas de uma adolescente teimosa como eu era. O meu maior medo foi sempre de feri-lo com alguma palavra mal colocada ou um gesto impensado que o colocasse contra mim. Eu lutava contra o tempo com medo do dia que o veria ao lado de outra mulher. Isso não podia acontecer de forma alguma. Mesmo porque eu me julgava ser a única capaz de amá-lo tanto e fazê-lo feliz para sempre. Só na~entendia que ele também deveria me amar muito, como jamais amou alguém. Quantas vezes eu saí pelas ruas só para dar aquelas olhadinhas costumeiras e dengosas. E se não visse, pronto o meu dia estava acabado.
Naturalmente ele não me procurava, mas quando me via, não deixava de dar suas olhadinhas também para mim, usando todo o seu charme de homem já maduro, que sabia como me provocar. Ele tinha um sorriso sem igual. E eu o amava ainda mais quando ele soltava a fumaçã do seu cigarro devagarinho e me olhava através dela que subia em caracóis. Meu Deus, como eu o amava e desejava ser até aquela fumaça só para estar entre os seus lábios quentes...
Ele paracia me ver apenas como uma criança tentando ser uma mulher. E ele ja´vinha de várias experiências amorosas, o que o fazia pensar muito antes de tomar qualquer atitude da qual eu sairia ferida de uma forma ou de outra.
Quando tínhamos a oportunidade de estarmo sozinhos, ele tinha que lutar contra seus impulsos de homem e ainda controlar os meus próprios impulsos. Pois eu fazia de tudo para que ele me tomasse em seus braços e... Sei lá o que. Eu tinha medo de me entregar totalmente e ele sabia bem disso. Mas ao mesmo tempo, me vinha o receio de que se não o fizesse, jamais o teria, ainda que por pouco tempo. Eu ficava confusa e sofria demais. Tomava algumas decisões comprometedoras. Ele, às vezes, se tornava até meu protetor, e sendo assim, jamais me faria algum mal.
Essa minha luta durou aproximadamente dois anos, até ele aparecer com a nova namorada. Entrei em pânico e demonstrei quase sem querer o meu desespero. Já não sabia mais nem como usar o meu jeitinho dengoso perto dele. Eu não aceitava a situação e nem acreditava que ela pudesse fazê-lo feliz e que fosse uma grande mulher. E os filhos que eu pretendia lhe dar? Era preciso muito amor para tirá-lo de mim. Só eu o amava tanto. Só eu sabia lhe acariciar os cabelos, as mãos e sabia aproveitar daquele sorriso que só ele tinha. Só eu sabia como e onde guardar todas as palavras ditas por ele, sem que nenhuma se perdesse no vazio. Como agora chega outra mulher e se apossa daquilo que venho cuidando durante tanto tempo? A cada dia que se passava eu me entregava ainda mais ao desespero, vendo que tudo ia bem entre o casal. Nada pude mais fazer. Eles se noivaram. Mas como tantos noivados se desfazem, porque aquele não podia se desfazer?
Cheguei ao extremo de minhas forças quando ouvi os primeiros comentários sobre o casamento dele. Era o caos. Eu chorava, sofria e fazia minhas orações pedindo forças ao céu. Eu figia de tudo que gostava de fazer. Nada mais era importante para mim. Foi marcada a data do seu casamento. Que armas eu teria agora para usar como último recurso? Nenhuma... continua
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