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Poesias-->Ansiedade -- 28/10/2003 - 02:10 (m.s.cardoso xavier) |
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A N S I E D A D E
Maria do Socorro C. Xavier
A vida é tão bela
As vezes não a enxergamos
Jorrante de esperança
Mais amena ou suportável
Com a força do amor
Penetrar, lavar a alma
E fardo existencial aliviado
Sem isso é aridez, é trama, falsa vida
E um vegetar inconsciente
Um esperar anestesiado
Inútil descolorido
Olhando indefinidamente o vazio
Sucumbir lento e ácido
Muitas vezes a fria racionalidade
Embota os sentimentos mais profundos
Para não ferir a realidade
Se vai adiando
Deixando de fluir
Assumir a vida
Viveres quase inertes
Acre, indiferente, trágico fado
Tantos destinos desencontrados
Amores desperdiçados
Uma missão em cada ser
Uma esperança
Em cada olhar desesperado
Uma renuncia, uma ilusão tardia
Ceticismo do tempo
O que será amor, paixão, desejo, ternura
Confunde-se tudo
Ou fica-se dividido
Todos querem experimenta-los
Sofregamente
Ou simplesmente acontece
Inesperadamente
Um amor, uma paixão imprevisível
Compensando-se das lacunas
Em obsessão persistente
Procura-se alguém que inspire
Muitos elos ao mesmo tempo
Aqui ou acolá
Relâmpagos de sonhos fugaz
E sempre uma epopéia
A ilusão da felicidade
Com incrível ansiedade
Transfigurada numa paz
Transitória ou penetrante
Ou momentânea tempestade
Busca humana infinda
Teu limite
-A existência toda
A eternidade.
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