Prossigamos o serviço
Que nos traz tanta alegria:
É bem este o compromisso
De trabalho todo dia.
Esperando melhorar,
Estamos aqui de novo,
Para poder afirmar:
Pouca galinha e muito ovo.
Nós nem sempre conseguimos
Chegar ao final do verso,
Mas é sempre que sentimos
Um engasgar mui perverso.
Balanço do verso é tudo
Que se deseja entender,
Pois colocar conteúdo
É função de um outro ser.
Eu quero dar ao amigo
A esperança de dizer
Que podem contar comigo,
Para o que der e vier.
Nem todas as liberdades
São por nós bem recebidas:
É que as virtualidades
Não são tidas nem havidas.
Bem mais poeta que nós,
O escrevente já se apresta
A conduzir nossa voz
Pelas brenhas da floresta.
E assim vamos aprendendo
A deixar a nossa marca,
E também agradecendo
Ao muito com que ele arca.
Nem sempre os versos do além
Necessitam desse auxílio,
Principalmente os de quem
Não permanece no exílio.
Por exigências das rimas,
Que requerem som perfeito,
Mudam-se os ares e os climas,
E o verso sai doutro jeito.
Mas o que vamos fazer
Senão treinar o bastante,
P ra forma estabelecer,
Em átimo dum instante?!
Dessa maneira o irmãozinho
Irá ficar mais seguro,
Recebendo, com carinho,
A moral dum mundo puro.
Mesmo que tudo faleça
E a rima não apareça,
Inda assim é preferível,
Por se tornar corrigível,
Oferecer ao irmão
Mais um pouco de emoção,
A torná-lo magoado,
Por nos ter afugentado.
Foi esse o treino do dia
Que estava bem programado.
Não se trata de poesia,
Apenas de algo rimado.
Se não traz tanta alegria,
Ao menos não dá cuidado,
Pois quem preza a melodia
Vai estar acompanhado.
Sentimos muito prazer
Em encontrar harmonia,
Mas precisamos dizer
Que os versos não são poesia.
Chegou o tempo de irmos
Cuidar de nossa vidinha,
Para melhor conseguirmos
Preencher as nossas linhas,
Com algo mais harmonioso
Que eduque e seja gostoso.
Se já não disse que fique
Bem marcado na quadrinha,
Pois a cuidar deste pique
Está toda esta turminha,
A sentir um tremelique
Ao terminar cada linha,
P ra que bem exemplifique
Esta longa ladainha,
E para que o verso explique
Todo o amor que o grupo tinha.
Adeusinho, bom amigo,
Fique aqui em casa, à vontade,
Ou saia do seu abrigo
P ra praticar caridade,
Que valor na vida tem
Tudo o que se faz por bem.
Ao Pai do Céu gostaríamos
De agradecer este dia,
E dizer que não faríamos
Algo que fosse poesia,
Se não se tivesse a luz
Do amado Mestre Jesus.
|