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Poesias-->Melancolia -- 07/10/2003 - 01:45 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) |
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Asas de prata ponteiam o céu
Os abismos sem alma e rodeios
Preenchem os vazios no papel
Cai dos relógios e seus tiques
Implode o lirismo da tarde vã
A paranóia dos campos e diques
O tempo em armadilhas armadas
Vassalo perante o tédio fastio
Emboscado nas encruzilhadas
E palhaços tristes pela campina
Sussurram aos presentes o segredo
Hino impecável de pura ruína
“Borboletas no amor há várias
Soprando o orvalho no horizonte
Como cândidas retardatárias”
Sigo a planície que corta ares
Horizonte calado adiante
Sem tempo para meus pesares |
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