MINHAS PALAVRAS
Minhas palavras soam com o vento,
Atingem os ouvidos a todo momento,
Só podem ser, porém, compreendidas
Por aquelas pessoas escolhidas.
Não falo ao grande público - à plebe -.;
Não, não é para estes que falo.
Minhas palavras são como uma orquestra
Precisam de ouvidos apurados
Para distinguir cada instrumento.
Ah, como devem soar estranhas,
Como devem ser amaldiçoadas
Por corações transbordando de fé
As minhas duras verdades!
Ah, como é mais fácil ter esperança,
Acreditar no poder sobrenatural
Do que lutar contra nossos medos,
Nossos temores e nossa virtudes!
Ah, como a mentira é mais convencional!
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