Em teu semblante
A sede que agoniza
Ao penetrar-me
Nesse olhar profundo
E a trazer-me
A paz que sintetiza
Todo o calor
Toda paixão do mundo...
O incinerado vento
Do prazer
Que removeu de mim
Toda a ternura
Não me permite
Saber o que fazer
Imerge em mim
Nas águas da loucura!
Se este meu sangue
Fervilha em maresia
De acre sabor
Que a pele me alucina
Meu puro amor
Se alastra em fantasia
De um sonho bom
Que nunca mais termina...