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Erotico-->3. FRANCISCA -- 01/04/2003 - 06:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Era uma velha senhora, empregada da família desde os tempos em que o Senhor Renato, o pai de Juvenal, era bebê.

Serviçal dedicada, não casara, não tivera aventuras nem filhos. Morava num quarto dos fundos, com dois sobrinhos, que faziam as vezes de seguranças ou vigilantes. A estes reservava-se o encargo de cuidar dos três poderosos cães de guarda.

Discreta quanto aos assuntos da família, realizava as funções de governanta da menina, ultimamente abrindo mão da administração geral e da orientação dos demais empregados, tendo em vista seus setenta e seis anos de idade e seus olhos já cansados.

Uma vez por semana, dispensada das tarefas da noite, acompanhava a cozinheira para as sessões espíritas de um centro não muito longe. Elas diziam que se tratava de uma casa de atendimento mediúnico, mas, na verdade, as práticas ali correntes tinham mais afinidade com o candomblé do que com o kardecismo.

Quando menor, Juvenal acompanhou a empregada e um dos sobrinhos dela a tais visitas, desistindo depois de umas trinta ou quarenta sessões, afirmando que os tópicos das reuniões eram inalteráveis e que ali nada acontecia que pudesse ser, efetivamente, atribuído a entidades de outra dimensão existencial.

Também Lutécia teve oportunidade de presenciar algumas sessões, porém, o presidente da instituição, à vista das graves perturbações que a criança apresentava durante os trabalhos, recomendou que ela não mais comparecesse, pelo menos enquanto não dominasse a si mesma, como ele dizia, para impedir que se manifestassem espíritos de baixa moralidade.

Francisca, pela rejeição do moço e pela facilidade de incorporação da menina, tomou tais elementos por base, passando a afeiçoar-se mais a ela que a ele, terminando por fugir do patrãozinho, favorecida pelos horários esdrúxulos que este elegera.

Lutécia e Juvenal deveram, portanto, à criada seus primeiros conhecimentos de espiritismo.

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