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Erotico-->2. LUTÉCIA -- 31/03/2003 - 07:06 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Juvenal tinha uma irmã, Lutécia, três anos mais nova, presa aos deveres domésticos por coerção, desde que o pai fora assassinado dois anos antes.

A mãe, há dez anos, vivia com outro homem, tendo abandonado a família. Lutava junto ao poder judiciário para ter parte da herança, porque fora praticamente retirada do testamento do marido.

Cabia a Lutécia, portanto, fazer que as três empregadas dessem conta das tarefas rotineiras que os vinte cômodos exigiam.

Chegara ela a formar-se no primeiro grau, aos quatorze anos, portanto, um ano antes dos acontecimentos que interessam à nossa narrativa, sendo-lhe vedada a matrícula no segundo grau pelo irmão. Proibiu-lhe ele também que as colegas freqüentassem a casa e impediu-a de sair desacompanhada.

Algumas vezes, Lutécia obtivera permissão para ir às compras, o que fizera na companhia de Francisca, a negra que cuidara dela desde a infância, entretanto, com as facilidades da Internet, todas as compras passaram a ser realizadas de maneira virtual, de modo que se estabeleceu sua completa reclusão.

Juvenal, contudo, estava atento para o desabrochar físico da irmã, de sorte que admitiu a presença de uma atleta de certa idade, na qualidade de instrutora de ginástica, aulas que eram ministradas num salão com aparelhos e halteres e à beira da piscina.

Outra figura recentemente contratada era uma professora para disciplinar o aprendizado das matérias curriculares do segundo grau, aulas a que assistia Juvenal, duas a três vezes por semana, atento para a possibilidade de se criar alguma sorte de intimidade entre ambas.

Lutécia conhecia os impulsos de energia do irmão e jamais opôs qualquer palavra que pudesse contrariá-lo. Mas era-lhe impossível sofrear o desenvolvimento dos encantos físicos, tornando-se, aos poucos, uma mulher de traços impecáveis.

Por outro lado, nas aulas de matemática, de física e de química, era com dificuldade que Juvenal seguia os raciocínios da irmã para a resolução dos problemas e questões.

A única liberdade que Juvenal concedia a ela eram as conversas que mantinha através dos clubes de amigos inscritos em diferentes “sites” da Internet.

Essa era a situação vivida pela mocinha dos quatorze aos quinze anos. Nós estamos chegando a tempo de testemunhar o crescimento íntimo de sua revolta contra a autoridade de Juvenal.

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