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Poesias-->vulva escancarada -- 23/09/2003 - 09:43 (Clóvis Luz da Silva) |
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meu sangue ainda é azul
no meio dessas ondas hepáticas
quando o cérebro vasculha teu sexo
anis púrpura de cólera infinita
mulher que eras sempre a mais divina
ora, cândida descoberta de pureza falsa
quero ser a onda que vaza teus olhos negros
para dentro de mim restar o vento sólido
mais que isso: o éter inaugurado palco de amor
e o gozo quase infantil diante da vulva escancarada
sou teu menino malcriado em tolas dimensões
rudeza de cores mortas nos corações acesos
é...senhora que me vês desolado, quem te ama?
não sou teu, esse meninozinho inquieto
que descobriu a languidez do abismo
no vasto e insensato vazio que somos nós.
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