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Poesias-->A Margem do Eu -- 22/09/2003 - 03:57 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) |
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Hoje vou abrir meu coração
Meus papéis se tornam minhas lágrimas
Não mais recorrerei aos sábios
Tomos e grimoires, eus de outrora
Serei apenas esse mim mesmo na sombra
Essa tênue inclinação derradeira
Vôo solitário rumo ao incerto
Cada vez que me desconheço percebo
Que a paz serve aos propósitos
Das fogueiras escondidas da alma
Atravesso as cinzas de ilusões eternas
Não para acalentar a paixão combustível
Em paz comigo mesmo e com os vultos
Meu eu é consumido pelas chamas...
No mar dos semelhantes me dissolvo
Das ondas da diversidade, sou resgatado
Com a miragem do auto-conhecimento
O viver, multilateral...duvidar é mútuo
Desencontro a mim em meus vários eus
O eu que quero está em algum lugar
Até chegar lá, já virou utopia...
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