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Cartas-->Carta de Suicídio -- 08/01/2003 - 00:18 (Marcel Sachetti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Essa não é uma carta comum. Muito pelo contrário...
É a carta de alguém prestes a cometer o maior erro de sua vida, o maior deles!
Mas quem a ler não será capaz de imaginar o que sinto realmente, não existe tradução, nem sequer entendimento para o que sinto. Sei que minhas palavras aqui não terão o efeito real do que tenho vivido de verdade e nada poderá explicar a dor que tenho no peito.
Cada vez mais a solidão tem me confortado e cada vez mais acho que a insanidade vai tomar conta de mim. Eu não quero ficar louco, já estou ficando e ainda percebo (decadência?)
Por este e tantos outros motivos quero anunciar que inconformadamente eu morri! Morri por dentro... Meus sentidos e minha alma acabam de falecer e eu sou apenas um corpo perambulando pelos caminhos do inferno, inferno idealizado por eu mesmo. Sinto-me agora como a miscelânea da tristeza, melancolia e depressão, um cadáver ardendo em odores fortes, um pedaço de insatisfação se deteriorando aos poucos, um reservatório natural de vermes, moscas, ratos e baratas. Será que agora sou alguma coisa pra alguém? Afinal, quantos mostram realmente o que são? Quantos suportam o que são, assim como eu? Pergunto por fim (é claro que não espero respostas...) Mas qual é o sentido da vida? Acordar quando se está morto? Este é o sentido que quase todas às vezes encontro...
O amanhã pra mim é incerto... Incerto como a incerteza que tenho de que minha vida foi um fracasso e embora na decadência me encontre, sei que mais uma vez à vontade de morrer me confortou. Eu acreditei na VIDA, acreditei no AMOR e acreditei no meu POTENCIAL também, mas perdi meu tempo achando que um dia eu esqueceria o que sou, o que fiz... Mas me parece que em momento algum eu perdi tempo, apenas acrescentei loucuras e decepções ao mesmo, isso sim!
Hoje não suporto mais viver, pois vivo mentiras e ilusões, e hoje não suporto mais ver nem as pessoas felizes, pois são essas ilusões que me matam...
É certo que eu parta, sem saber ao certo para onde ir. Mas é certo que eu suma desta dimensão degradante e encontre um motivo verdadeiro para tentar viver, pois tudo pra mim foi ilusão, uma grande mentira que me fez estar de pé ainda...
Isso não é nada humilde, a mentira não me trás orgulho, e pra que o orgulho se o futuro é mesmo a morte? (não responda!) São as crianças que vivem de ilusão, e eu não sei ao certo, mas acho que cresci um pouco, não sou mais uma criança, ou vai ver eu sempre fui uma e continuo sendo...Que tolice! Que medíocre!
Bem... Que haja mais gêneros!
Eu vou continuar a transbordar idéias insanas, vou continuar achando que as coisas e as pessoas são verdadeiras, e antes que morra minha consciência vou continuar achando que existe um amanhã melhor, e veja só! Em exatas trinta e oito linhas essa é a primeira vez que fui otimista, será que quarenta anos serei feliz? Ou estou inventando loucuras de novo? Bem, se as coisas levam um sentido eu acabo de encontrar um, ridículo, mas encontrei e acho que já mudei a cara desta carta, pois há cinco minutos atrás eu iria me matar! Agora por que mudei de idéia não sei... Deus talvez... Ou talvez, mais uma vez eu esteja acreditando e aceitando a ilusão...
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