E tudo que rogo,
Imerso em pensamentos,
É o alento em teus olhos...
Um divinal fulgor,
Em brasas,
Queima-me o peito
E suscita-me a perdição...
Inda que não goze,
Sequer um mísero instante,
De sua doçura,
Resta-me o balsamo,
Resta-me a esperança,
Resta-me o hálito...
O que teima nesta distância,
Um ferimento incrustado além da pela,
Falha-me a concepção...
Se não figuro nos teus sonhos
Ocupas os espaços dos meus...
De forma juvenil o tremor consome meu corpo
Em face de tua presença,
O frio congela-me as entranhas...
E por tudo isso,
Não é menor o meu amor...
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