Sob as luzes,
Entre os muros... diversos mundos, inconscientes dores.
Fazem-me nas horas procurar, procurar...
Alguém que possa me levar,
Levar-me além mar, além mar...
Dessa realidade dura,
Dessa fantasia crua,
Desse absurdo,
Dessa rua.
Já não acredito nem me permito à necessidade do amor, por me entristecer, por viver em lugar algum, por quase sempre, nessa ilha só morrer. Mas quando a carência firma.vem por entre a brisa...a alma é quem fala e os olhos acompanham os passos, que seguem o rumo dos teus até desaparecer na poeira do dia.
Às vezes me perco no escuro e me encontro do nada diante de ti. E numa pausa bruta, sinto os teus olhos num instante tão intenso, que a boca não verba a palavra, não verba nada, por que o coração acelera mais que toda emoção de te ver.
Se os olhos lêem, se as mãos escrevem...eu já disse sem te convencer, que eu quero você do lado de dentro do meu peito. Por essa intensidade, você sente.Por isso você pára, por isso você ouve...por isso você vai embora.
Quem sabe você, nem é desse tempo, tão pouco da escolha... na verdade é de outra história.
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