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Artigos-->Intervenção militar no Brasil: tentador, mas... -- 13/07/2019 - 20:53 (Lorde Kalidus) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Acho que demorei muito para escrever sobre esse assunto, mas me reservo o direito de justificar essa demora pelo fato de que a questão é delicada para mim, já que eu mesmo, vergonhosamente, também me deixei enganar por algum tempo e, por que não admitir, mais do que uma vez, pela hipótese de que uma intervenção das forças armadas seria uma solução para o mar de lama que assola o País. Errei, e, por mais duro que seja, errei duas vezes.  Mas, como mais um infeliz pagador de impostos que sou, tendo a me apegar a toda e qualquer esperança de que a situação melhore não apenas para mim como para o País. Infelizmente, fica cada vez mais claro que não é o que promete acontecer.

Há mais de um ano venho tendo sérios problemas com o Exército devido a um processo de revalidação de um Certificado de Registro (CR) de Colecionador, que procurei transformar em um de Atirador Desportivo, e os transtornos não poderiam ser maiores. Uma arma que já teria, segundo documento expedido pelo próprio exército (no caso, a 2ªRM), seria a causa do problema todo e, mesmo tendo sido enviadas diversas vezes e-mails contendo cópias dos documentos comprovando que as supostas pendências já haviam sido cumpridas, que a arma não constava mais no acervo de colecionador e que o documento poderia ser revalidado, já que esta seria a única coisa errada, o Exército persistia no fato de que o procedimento não havia sido realizado. Decidido a resolver de vez a questão vendi a arma  e, mesmo tendo sido protocolado na Polícia Federal processo para expedição de registro no nome de novo dono, o processo foi indeferido, de modo que terminei por desistir do mesmo e me preparo, agora, para transferir para a Polícia Federal, a única arma que ainda constava em meu CR, haja visto que não tenho como confiar o registro de armamento em meu nome a uma organização que, na melhor das hipóteses, é apenas desorganizada. Eu me pergunto o que fazem com as taxas que são pagas pelos serviços, já que nada disso sai de graça.

Pendências que não existem, problemas causados por um sistema patético de agendamento que faz com que seja mais fácil conseguir acertar as seis dezenas da Mega do que agendar um horário para ser atendido, procedimentos que mudam a toda hora e uma desorganização sem igual, começando pela falta de sintonia entre os departamentos responsáveis por esta ou aquela função, sempre buscando demonstrar que tudo é muito sério e funciona como um relógio, de forma impecável, mesmo que, na verdade, não seja nem de longe de poder ser equiparado a uma tira do Recruta Zero (pra quem não sabe, a produção de uma tira requer muito trabalho, organização, pra não falar de inspiração). Eu poderia acreditar que se trata de enganos, que foi um erro (ainda que um ano para se conseguir revalidar um CR quando não existem pendências não pode ser resultado de um erro ou incompetência, mas, visivelmente, de algo mais) não fosse este um problema não apenas meu, mas, também, de outros colecionadores e atiradores, bem como de estabelecimentos comerciais, que ou não possuem pendências ou já as resolveram, e que continuam com seus cofres lacrados e seus CR’s vencidos, impossibilitados não apenas de vender armas de fogo mas também de entregar as que já estão pagas.

Agora, alguns devem estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver com “intervenção militar” e minha crença ou desilusão com a mesma? Questão de se pensar: há muito tempo já venho me perguntando se, quando Lula era presidente e o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor, tendo nossas armas sido entregues às mãos do Exército, ele já não sabia que isso aconteceria e que estaríamos nas mãos de pessoas ligadas a este mesmo esquerdismo dos quais, muitos acreditam, que eles nos salvariam. Eu já cheguei à conclusão que, das duas, uma: ou aqueles que controlam as armas são mal intencionados e servem aos interesses dos criminosos travestidos de parlamentares que enchem os bolsos às custas de nossos impostos, ou simplesmente não têm vocação, organização e disciplina para cuidar dos problemas que dizem respeito a nossos armamentos. Particularmente, não acho que seja questão de se tratar do mal intencionado ou incompetente, pois não creio que se chegue a uma patente alta o bastante para se comandar uma região militar sem que se saiba o que está fazendo...

Dizem que um homem é conhecido quando se dá poder a ele. Talvez seja hora, então, de começarmos a prestar atenção às ações destes que têm poder para decidir sobre as armas daqueles que têm de comprovar requisitos para possuir uma, pois há muito tempo, estamos na mira de quem não tem de comprovar requisito algum, possui armamento que os coloca acima de nossos militares e que, dia após dia, conquista mais e mais direitos que nós.


 

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