São quatro horas da madrugada, sozinha caminho pelas ruas desertas.
Já não tem tantos carros, faróis piscam em alerta, não há guardas.
Volto para casa depois de mais uma noite que me entreguei ao trabalho,
Fugindo da dor, fugindo de uma historia de amor.
Amigos me condenam por amar voce, me dizem pra esquecer,
Mais nenhum deles sabe o remédio pra esse mal chamado AMOR!
Ele vem, se instala, deixa a gente sem ação, nos leva ate o chão.
Aceitando se pode lutar, se nos recusamos podemos errar,
Mais se nos entregarmos será morte certa.
Essa doença chamada amor tem muitos sintomas.
Primeiro voce fica bobo, rindo a toa, achando que o mundo é belo.
Depois voce começa a dizer que esta sonhando, mas na maioria das vezes,
São pesadelos e que cada vez mais se torna real.
Ai vem à entrega, voce ate que se nega, mais não resiste e cai.
Fica mais difícil a cura a partir desse estagio da doença.
Voce não aceita, teima, insiste em dizer que esta bem.
O pior paciente é aquele que não aceita sua doença, como poder cura-lo?
A cura é difícil, complicada, leva tempo e ate hoje ninguém tem certeza,
Que seja eficaz e sem efeitos colaterais.
Muitos já se disseram curados e tiveram recaídas absurdas.
Diz o dito popular, a medicina caseira que a melhor maneira seria,
Com um novo amor o velho curar, mais será que funciona?
Depende se for só paixão, transa, tesão, pode ate ser que de resultado,
Mais se for amor, pode estar certo será só mais alguém contaminado.
Vamos tentar os recados, hei psiu, olha eu, não deu, ele nem percebeu.
Mais um fracasso alcançado, mais um remédio reprovado.
Melhor voltar aos papeis, fazer e refazer fórmulas, insistir, não desistir.
Por onde começar seria pelo olhar, pela maneira de sentar, pelo jeito de andar?
Quem sabe, será que existe mesmo o tal menininho de asinhas, arco e flecha,
Com corações na ponta, que anda por ai e apronta?
Estúpido é esse cupido ou quem o sabe esta cego, flechou corações errados.
Quem saberá a cura para esse mal tão grande que levam alguns a loucura?
Quem será o responsável por coisas tão absurdas, palavras veladas,
Noites de juras, paixões ardentes, fim das buscas, inicio dos sonhos tornados reais?
Difícil descobrir a cura de uma doença que atinge a milhões e que deixa,
Outros tantos doidos para serem contaminados por ela.
Difícil sair pelo mundo em busca de explicação para uma doença que se,
Propaga, atinge a todas as classes sem distinção.
Difícil à cura para essa doença que tem às vezes como causa apenas um olhar.
Difícil imaginar como se proteger, fugir, se guardar somos humanos.
Desisto, vou fazer o retorno, vou pra casar sonhar, como disse sou humana,
Melhor mesmo, relaxar e continuar, quem sabe eu consiga uma formula,
Para de voce nunca mais me lembrar, ai estarei curada.
Ou quem sabe, derrotada, porque quem não ama não tem nada.
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