Euclides da Cunha já dizia
O sertanejo é antes de tudo um forte
Mesmo na ameaça do chicote
Soube sobrepor o seu valor
Povo honesto, bravo e trabalhador
Marcado pela força do destino
As raízes do povo nordestino
Se espalhavam por vários continentes
Já tivemos vários presidentes
Egressos das entranhas desse solo
Do poeta erudito ao simplório
Viva a voz do povo nordestino
A imprensa produziu Chateaubriand
Chico Anísio é o mestre do humorismo
Sivuca no acordeon é invencível
O velho Gonzaga no baião foi o melhor
Na pandeiro Jackson ficou só
E no dedilhar da viola é Ivanildo
Em Brasília também tem nordestinos
Na Dinda, na Câmara e no Senado
Ministros, senadores e deputados
Assessores, secretários e aspirantes
Grã-finos, elites e candangos
Em tudo te gente nordestina.
João Pessoa, 12-3-1996.
(*) poeta paraibano de Itaporanga.Pós graduado em administração rural pela UFPB.