A etérea chama da manhã, tão súbita
Resvala descuidada na bruma noturna
Deixando cair seus brilhantes
O orvalho, eterno fugaz
A névoa no horizonte, eterna
Levanta a cortina para as gotas de sol
A memória noturna do ocaso
Se esvai, com os suspiros das nuvens
O pássaro marinho, breve
Sobrevoa o espelho fluido
Os sulcos aéreos deixam marcas
Que os zéfiros guardam, sempre
Tempestades, brisas, chuvas
Conduzem o pó dos anos ermos
Para espaços perdidos, revelados
Perfeitos estranhos de hoje
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